RJ: operação policial contra “caixinha do CV” cumpre 14 mandados

As forças de segurança do Rio de Janeiro deflagraram, nesta quarta-feira (15/1), a segunda fase da Operação Torniquete no Complexo do Alemão e da Penha, na zona norte da capital fluminense. Os oficiais agem na comunidade para cumprir 14 mandados de prisão contra integrantes da facção criminosa Comando Vermelho (CV), envolvidos em um esquema financeiro conhecido como “Caixinha do CV”.

Segundo a Polícia Civil, até o momento, sete criminosos foram presos.

  • A Justiça expediu 14 mandados de prisão contra integrantes do Comando Vermelho nesta quarta-feira (15/1).
  • Segundo a Polícia Civil, até o momento, sete criminosos foram presos.
  • A operação busca combater o esquema financeiro conhecido como “Caixinha do CV”.
  • A ação desta quarta é a segunda fase da Operação Torniquete, iniciada em setembro de 2024, que resultou em mais de 300 prisões.

Além do confronto armado entre policiais e traficantes, criminosos ergueram barricadas e jogaram óleo no asfalto para impedir o avanço de blindados.

A segunda fase da Operação Torniquete foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) e pela Secretaria de Estado de Polícia Civil.

A operação conta com o apoio da Secretaria de Estado de Polícia Militar e da Secretaria de Estado de Segurança.

Os 14 integrantes da facção foram denunciados pelo Gaeco/MPRJ à Justiça pelos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro, relacionados ao tráfico de drogas e à ocultação de valores ilícitos em mais de 4.888 operações financeiras, totalizando aproximadamente R$ 21.521.290,38.

De acordo como o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), “a denúncia apresentada à Justiça destaca que o esquema financeiro estruturado pelo Comando Vermelho, a “Caixinha do CV”, sustenta as atividades criminosas do grupo”.

“O sistema funciona por meio de taxas cobradas mensalmente de líderes de pontos de venda de drogas nas comunidades dominadas pela facção. Em troca, os responsáveis pelas “bocas de fumo” têm acesso à marca da organização, fornecedores de entorpecentes, suporte logístico e apoio bélico”, explica o MPRJ.

Ainda segundo a denúncia “os valores arrecadados são centralizados e utilizados para financiar ações como compra de drogas e armamentos, expansão territorial, pagamento de propinas, assistência a membros presos e crimes conexos, como extorsões, roubos de cargas e veículos, além da exploração monopolizada de serviços de internet”.

Alvos da Operação

A Polícia Civil do Rio informou ao Metrópoles que “os alvos da operação são familiares e operadores do fundo da facção conhecido como ‘caixinha’, cujo financiamento é alimentado por diversos crimes que impactam a população, como roubo e furto de veículos e de cargas, extorsão, além de exploração e disputa por territórios”.

“As investigações, conduzidas com uso de tecnologia avançada pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro (LAB-LD), revelaram um esquema sofisticado que movimentou milhões de reais oriundos de atividades ilícitas. A apuração revelou ocultação de valores em cerca de 5 mil operações financeiras, totalizando mais de R$ 21 milhões”, revelou a Polícia Civil.

Veja vídeo do Complexo do Alemão durante a operação:

 

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