ONG Ibras pediu ao STF que reconsidere suspensão de repasses

Ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Organização não governamental Instituto Brasileiro de Cidadania e Ação Social (Ibras), investigada por receber quase R$ 3 milhões em emenda do novo orçamento secreto para um projeto de capacitação de mulheres, pediu a liberação dos repasses à entidade

O Ibras alega haver “impacto negativo à credibilidade da instituição, os prejuízos decorrentes da paralisação na execução dos projetos e, consequentemente, os danos aos resultados que seriam entregues à sociedade”.

A ONG também pede exclusão de seu nome do Cadastro de Entidades Privadas Sem Fins Lucrativos Impedidas (Cepim) e Cadastro Nacional de Empresas Inidôneas e Suspensas (Ceis).

A ONG ressaltou ao ministro Flávio Dino, do STF, que “as informações foram adequadamente fornecidas” e que a realização de uma nova auditoria é “desnecessária”.

Caso a decisão do STF não seja revista, outros projetos da organização podem ser ameaçados. Ao todo, o instituto tem R$ 29 milhões em projetos empenhados e ainda não pagos.

Um dos contratos com o governo federal financiados por meio de emendas pelo Ministério dos Esportes prevê a realização dos Jogos Roraimenses de Esportes Amadores 2025. O valor da ação é de R$ 10,6 milhões, custeados justamente por uma emenda de bancada. O campeonato ocorrerá em seis municípios do estado, incluindo a capital, Boa Vista.

Presidente do Ibras se manifesta

Procurada pelo Metrópoles, Bruna Antony, presidente do Ibras, explicou que organizações como a que ela comanda “desempenham um papel relevante na garantia de direitos aos cidadãos, alcançando áreas em que, muitas vezes, o poder público enfrenta dificuldades para atuar de forma isolada”.

Ela também justifica que os valores recebidos são aplicados nos projetos. “Assim, embora tenha trabalhado com valores significativos na execução de diversos projetos, a instituição aplica os recursos exclusivamente nas políticas públicas relacionadas às parcerias realizadas com o poder público.”

Sobre a timidez da sede do instituto diante da quantidade de projetos tocados por ele, a presidente alega que, quando é necessário, outros espaços são locados. “Quando há necessidade de espaço físico para atender a demandas específicas, a instituição realiza a locação provisória da estrutura, de forma a atender pontualmente as exigências de cada projeto, contratando, também, equipes de trabalho conforme a finalidade”, justifica.

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