Vídeo: Grileiros invadem comunidades no Marajó e moradores enfrentam ameaças e crimes ambientais

Moradores de duas comunidades em Santa Cruz do Arari, na Ilha do Marajó, enfrentam uma situação alarmante com a crescente invasão de terras por grileiros, que têm gerado uma série de ameaças, desmatamento e incêndios ilegais. Os grileiros, que os moradores acreditam ser provenientes do Amapá e de Goiás, têm agido de forma violenta e destrutiva, colocando em risco a vida e o modo de viver das famílias da região.

Os relatos das comunidades destacam uma realidade de insegurança, com moradores sendo constantemente ameaçados pelos invasores, que não apenas ocupam ilegalmente as terras, mas também realizam atividades ilícitas que afetam negativamente o meio ambiente. O desmatamento e os incêndios criminosos são algumas das práticas que mais preocupam os moradores da região.

A situação já foi denunciada às autoridades competentes, como a Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF), que têm acompanhado de perto o caso. As terras invadidas pertencem à União, o que torna o caso ainda mais grave, pois envolve propriedades públicas que estão sendo tomadas de forma ilegal. A Polícia Federal informou que está investigando os crimes relacionados, como desmatamento, incêndio e desobediência, mas ainda não há um desfecho para os casos.

Em entrevista ao G1, o Ministério Público Federal explicou que as denúncias encaminhadas pelas comunidades foram formalmente apresentadas à Justiça Federal em dezembro de 2024. Os casos foram somados a outras provas e denúncias, além de dois processos judiciais que tramitam na Justiça. Os processos já em andamento incluem uma ação de manutenção de posse, na qual a comunidade luta para manter a posse legítima de suas terras, e uma outra ação que visa o bloqueio e a anulação de títulos de propriedade que foram emitidos ilegalmente para os invasores. O MPF também busca a reintegração da posse das terras à União e aos ribeirinhos da região.

Ambos os processos aguardam sentença judicial, e, até o momento, não há previsão para que o caso seja resolvido. A situação continua tensa para os moradores, que convivem com o temor diário de novas invasões e agressões ao meio ambiente. O impacto da grilagem e da violência, aliada aos crimes ambientais, preocupa não apenas as comunidades de Santa Cruz do Arari, mas também as autoridades, que seguem na busca por uma solução definitiva para o problema.

Do Ver-o-Fato, com informações do G1Pará

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