Focus: mercado sobe projeção da inflação para 2025, 2026 e 2028

O mercado financeiro subiu a projeção da inflação para 2025, 2026 e 2028. Por outro lado, a estimativa para 2027 continua a mesma. Os analistas consultados pelo Banco Central (BC) também revisaram para cima a previsão da taxa de juros para 2026.

Principais pontos do relatório Focus:

  • A estimativa de inflação para 2025 subiu de 5% para 5,08%.
  • A projeção de inflação para 2026 passou de 4,05% para 4,10%.
  • A estimativa de inflação para 2027 continua a mesma da semana passada: 3,90%.
  • Já a previsão de inflação para 2028 cresceu de 3,56% para 3,58%.
  • A expectativa do crescimento do país, o Produto Interno Bruto (PIB), foi elevada de 2,02% para 2,04% em 2025. Para 2026, o valor caiu de 1,80% para 1,77%.
  • A estimativa do mercado para a taxa básica de juros (a Selic) é de 15% ao ano. Ou seja, os economistas acreditam que a Selic encerrará 2025 em 15%.
  • Os analistas ainda projetaram um aumento na taxa Selic, indo de 12% ao ano para 12,25% ao ano.
  • A projeção da taxa de câmbio (o dólar) para este e o próximo ano é de R$ 6.
  • Para 2027 e 2028 as estimativas foram elevadas para R$ 5,92 e R$ 5,99, respectivamente.

Os dados fazem parte do relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (20/1) pelo Banco Central. As projeções são frutos da análise de mais de 100 analistas do mercado financeiro, consultados semanalmente no levantamento do BC.

Para os analistas financeiros, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficará em 5,08% neste ano — a projeção subiu pela 14ª semana seguida. A estimativa passou de 5%, na semana passada, para 5,08%.

Em 2025, a meta de inflação é de 3% com variação de 1,5 ponto percentual, sendo 1,5% (piso) e 4,5% (teto). Ela será considerada cumprida se oscilar entre esse intervalo de tolerância.

Caso a meta seja descumprida, o Banco Central precisa divulgar uma carta aberta ao ministro da Fazenda — nesse caso, o ministro Fernando Haddad — explicando as razões para o estouro. Isso porque a autoridade monetária é que faz o controle da inflação, por meio da taxa básica de juros, definida pelo Comitê de Política Monetária (Copom) a cada 45 dias.

Segundo o mercado financeiro, a inflação será de:

  • 5,08% em 2025;
  • 4,10% em 2026;
  • 3,90% em 2027;
  • 3,58% em 2028.

Taxa de juros

O mercado financeiro manteve inalterada a projeção da taxa básica de juros, a Selic, para o fim deste ano. A estimativa dos economistas segue em 15% ao ano, como no relatório anterior.

  • Para 2026, os analistas projetam que a Selic subiu de 12% ao ano para 12,25% ao ano.
  • Para 2027, a previsão da taxa de juros segue em 10,25% ao ano.
  • Para 2028, a estimativa continua em 10% ao ano.

A alta esperada para o começo de 2025 é de 1 ponto percentual. Ou seja, para o mercado, a Selic subirá dos atuais 12,25% ao ano para 13,25% ao ano já em janeiro, quando o Comitê de Política Monetária se reúne pela primeira vez no ano.

A reunião do Copom está marcada para os dias 28 e 29 de janeiro.

PIB

A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto subiu em comparação com a semana passada, indo de 2,02% para 2,04% em 2025. Para 2026, a projeção recuou de 1,80% para 1,77%. Enquanto para os anos de 2027 e 2028 segue em 2%.

O PIB é a soma de todos os bens e serviços finais produzidos por um país, estado ou cidade, geralmente em um ano. Uma alta significa que a economia está crescendo em um ritmo bom, e uma queda implica encolhimento da produção econômica da nação.

Com isso, a previsão do mercado para este ano segue próxima da projeção do BC, que prevê avanço de 2,1% do crescimento do país neste ano. A estimativa oficial da Secretaria de Política Econômica (SPE), do Ministério da Fazenda, é de crescimento de 2,5% do PIB.

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