Fome emocional: identifique sintomas e veja como prevenir

Durante um dia difícil, é comum sentir desejo de comer algo especial, como uma sobremesa ou um hambúrguer. Mesmo que não seja um problema degustar algo gostoso para se sentir bem, se a atitude for recorrente, pode se tornar um problema.

O hábito de comer para se sentir melhor é conhecido como fome emocional. “Isso acontece quando comemos em resposta às nossas emoções, por exemplo, se está estressada, triste, com raiva, ansiosa e com tédio”, define a psicanalista Bruna Abrão.

De acordo com a psicanalista, um dos sinais de que a fome é emocional ocorre quando as pessoas estão saciadas e, mesmo assim, sentem vontade de continuar comendo. “Nos momentos que a pessoa abre a geladeira ou armário procurando alguma coisa para comer, ela nem percebe que está comendo pelo emocional”, diz Bruna Abrão.

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Quando a fome não é fisiológica, é comum desejar comidas especificas

Normalmente, a fome emocional acompanha o sentimento de culpa
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A fome emocional costuma ser repentina e insaciável

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Quando a fome não é fisiológica, é comum desejar comidas especificas

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Normalmente, a fome emocional acompanha o sentimento de culpa

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A nutricionista especialista em comportamento alimentar Cássia Helena defende que a fome emocional, diferente da física, aparece de forma súbita, geralmente como um desejo de alimentos ricos em açúcar e gordura. “Isso acontece porque o cérebro associa esses alimentos a uma sensação imediata de busca de prazer, ativando o sistema de recompensa”, afirma.

Quando a necessidade de comer é ocasionada pela emoção, o corpo não se sente saciado, há excessos e, muitas vezes, o sentimento de culpa aparece. “A culpa vem tanto pela quantidade ingerida quanto pelo prazer sentido, já que temos muitas regras sociais e morais sobre atender todos os nossos desejos.”

Como perceber que a fome é emocional

As profissionais da saúde destacam que o primeiro passo para diminuir a compulsão é desenvolver a consciência sobre o que está desencadeando a vontade de comer. Um truque é dar um tempo antes de comer e se questionar se a fome é fisiológica, se está no horário certo e se a fome não é por ansiedade ou medo.

Cássia Helena recomenda o uso de um diário alimentar e de humor, a fim de ajudar a identificar algum padrão para perceber quais emoções ou situações levam à vontade de comer. Outra estratégia é praticar atividades relaxantes após perceber as emoções.

A nutricionista indica criar uma rotina alimentar equilibrada e sem grandes restrições. “Muitas vezes, quem tem episódios de fome emocional passa muito tempo sem comer ou segue dietas rígidas, o que aumenta a vulnerabilidade de criar desejos alimentares, e diminui o domínio da situação.”

Apesar das dicas ajudarem a lidar com os sintomas, é necessário procurar acompanhamento nutricional e psicológico para tratar a condição da melhor forma possível.

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