Maior garimpo ilegal do Brasil causou dano ambiental de R$ 1 bilhão

Um dos mais antigos e destrutivos garimpos ilegais do Brasil, localizado em Maués (AM), foi desativado pela Polícia Federal entre sexta-feira (31) e segunda-feira (3). A operação, batizada de Mineração Obscura 2, mostrou que além da exploração de trabalhadores em condições análogas à escravidão, o garimpo deixou um rastro de desmatamento, contaminação de lençóis freáticos e destruição ambiental estimado em R$ 1 bilhão.

A ação foi coordenada por uma força-tarefa que reuniu a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério Público do Trabalho e Fundação Nacional dos Povos Indígenas.

Esta foi a primeira vez que a Polícia Federal desativou um garimpo subterrâneo no Brasil. Diferente dos garimpos a céu aberto mais comuns na Amazônia, este utilizava minas subterrâneas, um método de extração de alto risco e difícil fiscalização.

As investigações tiveram início após denúncias sobre exploração de mão de obra degradante e o uso de cianeto na extração ilegal de ouro. A operação foi um desdobramento da Operação Déjà Vu, que já havia identificado atividades criminosas semelhantes na região.

Durante a ação, os agentes constataram que os garimpeiros eram submetidos a jornadas exaustivas e sem acesso a direitos básicos.

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