MARABÁ – Meia tonelada de cocaína em caminhão e motorista preso: R$ 98 milhões

O caminhoneiro foi parado pela PRF na BR-155, município de Sapucaia, a 200 Km de Marabá, no sudeste paraense

Uma das maiores apreensões de drogas já registradas no Norte do país chocou autoridades e reforçou o impacto devastador do tráfico de entorpecentes. No último domingo (2), a Polícia Rodoviária Federal (PRF) interceptou um caminhão que transportava mais de 500 kg de cocaína na BR-155, no município de Sapucaia, no Pará. A carga milionária, avaliada em R$ 98 milhões, representa não apenas o lucro do crime organizado, mas também o rastro de destruição que a cocaína e outras drogas pesadas deixam na sociedade.

A abordagem ocorreu por volta das 13h, quando agentes da PRF notaram que o caminhão trafegava em alta velocidade sob forte chuva. Durante a fiscalização, a equipe descobriu que, sob uma carga de milho de pipoca vinda de Mato Grosso, havia 470 tabletes de cocaína, cada um pesando cerca de 1,1 kg.

O motorista, que inicialmente afirmou estar apenas transportando o grão para Barcarena, demonstrou nervosismo excessivo e acabou revelando que utilizava anfetaminas (conhecidas como “rebites”) para se manter acordado ao volante.

O homem foi preso em flagrante por tráfico interestadual de drogas e encaminhado à Delegacia da Polícia Federal em Marabá, onde responderá pelos crimes. O veículo foi apreendido e será confiscado, enquanto a droga será destruída.

O preço do vício: um mercado de morte

O tráfico de drogas não movimenta apenas bilhões de reais – ele financia a violência, destrói famílias e condena milhares de dependentes químicos a uma vida de sofrimento e degradação. Para cada quilo de cocaína apreendido, há dezenas de usuários que não conseguirão escapar do ciclo de vício, crimes e tragédias.

A dependência química arrasta jovens e adultos para um abismo sem saída. Com o aumento do consumo de cocaína e seus derivados, como o crack, as ruas das grandes cidades e até de pequenas comunidades se tornam cenários de desespero.

O impacto social do tráfico vai além dos dependentes: famílias inteiras vivem o drama da destruição de um ente querido pelas drogas, enquanto a criminalidade cresce na disputa por território e lucro.

O agente da PRF Pita Neto, em entrevista ao Correio de Carajás, destacou que essa pode ter sido a maior apreensão de cocaína feita pela PRF na região Norte nos últimos anos. “Com uma apreensão dessas, estamos salvando muitos jovens e famílias”, afirmou.

A Polícia Federal segue investigando a origem e o destino final da droga, mas uma coisa é certa: o tráfico não se sustenta sem a demanda. E enquanto houver usuários, haverá sofrimento, mortes e um rastro de destruição que nenhuma quantia em dinheiro pode justificar.

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