Dívida Pública Federal dispara em 2024 e chega a R$ 7,3 trilhões

O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil apresentou um crescimento expressivo de 12,2% ao longo de 2024. No início do ano, o montante era de R$ 6,52 trilhões, sendo elevado para R$ 7,31 trilhões ao final de dezembro. Este aumento é desencadeado principalmente pela apropriação de juros, que representou um adicional de R$ 762,4 bilhões dentro do período analisado pelo Tesouro Nacional. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (4/2).

Outro fator destacado para o incremento da dívida foi a emissão líquida de títulos públicos, que alcançou R$ 33,3 bilhões. A maior parcela desse montante está vinculado ao real, fazendo das mudanças na Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) uma das razões principais para tal crescimento. Neste cenário, as emissões da DPMFi compreendem títulos pagos em moeda nacional, ao passo que a Dívida Pública Federal externa (DPFe) envolve o impacto de variações cambiais no valor da dívida em moeda estrangeira, como dólar e euro.

Como a dívida afeta a economia brasileira?

Economia / Créditos: depositphotos.com / shirotie

A evolução da dívida pública tem um papel significativo na economia do Brasil, influenciando diversos setores. A dívida interna, que apresentou uma taxa de refinanciamento de 101,7%, reflete a capacidade do governo de gerenciar suas obrigações econômicas com recursos locais. Já a dívida externa, refinanciada em 135,1%, demonstra a importância de negociações em moeda estrangeira e a vulnerabilidade do câmbio no cálculo do endividamento total.

Além disso, o aumento no estoque do montante gera repercussões em áreas como investimento público e política fiscal. A gestão da dívida demanda atenção para evitar que o aumento dos juros drene recursos que poderiam ser aplicados em serviços e infraestruturas essenciais. Observando a conjuntura econômica global e nacional, a estratégia de manutenção da dívida é crucial para garantir a estabilidade econômica.

Quais são as projeções para 2025?

O Tesouro Nacional, em seu Plano Anual de Financiamento (PAF) para 2025, já vislumbra novas metas e desafios para a dívida pública. A expectativa é que a DPF atinja até R$ 8,5 trilhões em dezembro de 2025, com um mínimo projetado de R$ 8,1 trilhões. Este planejamento leva em consideração necessidades de financiamento e vencimentos de títulos, além de contingências fiscais previstas.

Neste cenário, a necessidade líquida de financiamento para o governo federal, incluindo despesas e recursos orçamentários, está avaliada em R$ 1,46 trilhões. Está previsto que, mesmo com esses desafios, o Tesouro dispõe dos recursos necessários para arcar com os vencimentos de títulos pagos em moeda estrangeira no decorrer do ano, enfatizando uma gestão orçamentária estratégica.

Quais os impactos?

O aumento da dívida pública brasileira traz à tona discussões sobre responsabilidade fiscal e a busca por um equilíbrio econômico sustentável. A capacidade de gerenciar esta dívida, tanto interna quanto externa, se mostra essencial não apenas para o cumprimento de obrigações do governo, mas também para o fortalecimento da confiança no mercado financeiro e entre investidores.

Ao proporcionar uma gestão cuidadosa, o Brasil pode continuar no caminho do crescimento econômico equilibrado, crucial para a melhoria de indicadores sociais e para a manutenção de sua saúde fiscal a longo prazo.

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