Irã diz que “pressão máxima” de Trump não vai funcionar

Um dia após o presidente Donald Trump reorientar as diretrizes da política externa dos Estados Unidos em relação ao Irã, ordenando pressão máxima contra Teerã, o país liderado pelo aiatolá Ali Khamenei afirmou que a ofensiva do presidente norte-americano não vai surtir efeito.


Pressão contra o Irã

  • A relação entre Trump e o regime do aiatolá Ali Khamenei é tensa desde o primeiro mandato do presidente republicano, entre 2017 e 2021.
  • Um dos principais focos de tensão entre os dois países é o programa nuclear iraniano, que obteve avanços significativos nos últimos anos.
  • Foi Trump quem ordenou o assassinato do ex-general Qassem Soleimani, apontado como um dos principais nomes das fileiras militares do Irã. A justificativa, à época, foi a de que ele representava uma ameaça aos EUA.

Em entrevista à rede estatal do Irã nesta quarta-feira (5/2), o chanceler iraniano, Abbas Araqchi, afirmou que tais práticas foram adotadas por Trump, mas sem grandes efeitos.

“Eu diria que a pressão máxima é uma experiência fracassada e tentar novamente não levará a lugar nenhum”, declarou o ministro das Relações Exteriores do Irã.

Ao anunciar a política de “pressão máxima” contra os iranianos, Trump justificou que a decisão é uma forma de frear o desenvolvimento nuclear do Irã. O país, segundo relatório recente da Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA), tem aumentado o enriquecimento de urânio e está perto de conseguir fabricar uma bomba atômica.

Apesar das acusações de que o país esteja planejando a construção de uma arma de destruição em massa, o chanceler do Irã afirmou que a pressão norte-americana para impedir o cenário é desnecessária.

Segundo Arachi, além de ser parte do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, proibiu o uso de armas nucleares.

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