Sâmia Bomfim não vê perseguição ao Congresso: “Pelo contrário”

A deputada federal  Sâmia Bomfim (PSol-SP) disse, em entrevista ao Metrópoles, que acredita que não há uma perseguição jurídica por parte do Poder Judiciário ao Congresso Nacional. O PSol é responsável por uma série de ações no Supremo Tribunal Federal (STF) no que se refere às emendas parlamentares, alvo de embate entre os poderes Judiciário e Legislativo.

Sâmia Bomfim enfatizou que a Câmara dos Deputados tem utilizado o pedido de cassação ao deputado Chiquinho Brazão (Sem partido-RJ) como uma retaliação ao STF, onde há um processo contra o parlamentar por suspeita de envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco (PSol), do Rio de Janeiro.

“Os diferentes embates que existem entre o Congresso e o Judiciário, sobretudo o STF, e eu vi muitos parlamentares identificando o tema do Brazão como se fosse mais uma etapa das respostas que o Judiciário vem dando ao Congresso. Eu acho completamente lamentável”, afirmou Sâmia Bomfim.

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Sâmia apresentou uma ação contra Carla Zambelli por disseminação de fake News nas eleições de 2022

Sâmia foi eleita com mais de 225 mil votos
Sâmia Bomfim destaca o papel do Judiciário para conter a disseminação de informações falsas
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Metrópoles entrevista a deputada federal Sâmia Bomfim (PSol-SP)

KEBEC NOGUEIRA/METRÓPOLES @kebecfotografo

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Sâmia apresentou uma ação contra Carla Zambelli por disseminação de fake News nas eleições de 2022

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Sâmia foi eleita com mais de 225 mil votos

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Sâmia Bomfim destaca o papel do Judiciário para conter a disseminação de informações falsas

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Chiquinho Brazão está detido na Penitenciária Federal de Campo Grande (MS). Ele foi preso em março de 2024, junto de Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ), e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ).

A cassação de Brazão foi discutida pelo Conselho de Ética da Casa e teve um recurso da defesa rejeitado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Dessa forma, o tema está pronto para ser votado no plenário da Câmara, mas não há uma expectativa de quando isso pode ocorrer.

“Primeiro que eu discordo dessa tese de que há uma perseguição do Judiciário com relação ao Congresso. Acho que muito pelo contrário”, ressalta a deputada. “Segundo, o caso da Marielle não tem a ver diretamente com o tema das emendas, com o tema da disseminação de fake news, com os atos golpistas. Tem a ver no sentido de que, bom, significa a barbárie, a crise e a deteriorização do país, da política.”

Veja trecho:

Câmara x STF

Arthur Lira (PP-AL), agora ex-presidente da Câmara, foi um dos principais agentes políticos no embate com o STF, em especial contra o ministro Flávio Dino, da Suprema Corte, ao longo do ano passado.

Dino suspendeu o pagamento das emendas parlamentares – recursos destinados pelos deputados e senadores ao Orçamento da União – a fim que haja maior transparência e rastreabilidade na indicação do dinheiro público.

Diante do bloqueio, o Congresso Nacional aprovou um projeto que visa atender aos pedidos do STF e ampliar a rastreabilidade das emendas parlamentares.

Em retaliação ao STF, Lira destravou uma série de medidas contra o STF e contou com a então presidente da CCJ, Caroline De Toni (PL-SC), para aprovar as propostas. Apesar do avanço das medidas, as matérias não chegaram a ser votadas no plenário.

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