PSB finaliza ciclo de debates sobre concessão da Compesa

Foto: Lu Rocha

O PSB de Pernambuco realizou reuniões de trabalho em Garanhuns, na quinta (6), e em Afogados da Ingazeira, nesta sexta (7), para debater o modelo proposto pelo governo para a concessão de parte dos serviços da Compesa, reunindo prefeitos, vice-prefeitos, vereadores e representantes de mais de 30 municípios.

O partido irá consolidar as contribuições dessas discussões em um documento a ser entregue ao Governo do Estado, considerando também a reunião anterior realizada em Gravatá, no dia 24 de janeiro. O debate busca esclarecer os impactos da proposta na vida dos pernambucanos.

Em todas as reuniões, o deputado federal Pedro Campos fez uma apresentação sobre a proposta da chamada “concessão” do Governo. Ele criticou o curto prazo para a consulta pública, que aconteceu inclusive durante o recesso das Câmaras de Vereadores e da Assembleia Legislativa, e alertou para a falta de garantias no modelo proposto.

“O governo passou dois anos fazendo estudos e agora quer que a população seja ouvida em apenas dois meses sobre um contrato de 35 anos. O maior problema da população é a falta d’água, ou seja, a intermitência na sua oferta, e isso não está sendo tratado claramente na proposta do Governo”, afirmou. O parlamentar também destacou a necessidade de estabelecer metas de abastecimento por município e criticou a indefinição sobre a destinação dos recursos da outorga.

O deputado estadual Waldemar Borges também ressaltou a exiguidade de tempo no processo e o risco de exclusão das comunidades menores. “O que o Governo do Estado chama de audiência pública é, na verdade, um ritual burocrático. Os municípios não sabem quanto vão receber e as comunidades com até mil habitantes estão fora do processo. É previsível um choque entre a empresa, na sua busca por lucro, e o interesse público, visto que ao acesso à água é um direito de todos e deve ser garantida pelo Estado”, afirmou. Para ele, o modelo atual pode deixar o setor público com os custos mais altos, enquanto a iniciativa privada ficaria apenas com os serviços mais lucrativos.

O presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, reforçou que o partido quer apresentar sugestões para aprimorar a proposta do governo. “Essa não é uma discussão partidária, mas uma preocupação com o futuro do abastecimento de água no estado. Precisamos garantir que os municípios tenham participação no processo e que a vida dos pernambucanos não seja prejudicada por decisões apressadas”, declarou.

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