Atenção: cientistas descobrem aumento alarmante de microplásticos no corpo humano

Nos últimos anos, a preocupação com os microplásticos tem ganhado destaque, especialmente devido ao seu acúmulo no ambiente e, mais recentemente, no organismo humano. Estudos contemporâneos têm evidenciado que esses minúsculos fragmentos não apenas circulam nos ecossistemas, mas também se alojam em órgãos humanos importantes, como o cérebro, desafiando a ciência a explorar suas consequências potenciais.

Uma pesquisa conduzida pela Universidade de Ciências da Saúde do Novo México investigou a presença de microplásticos no cérebro, rins e fígado. Esta investigação, publicada recentemente, comparou amostras de autópsias de 2016 com outras coletadas em 2024, revelando que o cérebro acumula quantidade significativamente maior dessas partículas, em relação aos demais órgãos analisados.

Como os microplásticos se infiltram no corpo humano?

Microplásticos – Créditos: depositphotos.com / robertohunger

Os microplásticos chegam ao corpo humano por diferentes vias, sejam elas inalação, ingestão ou através da pele. Eles podem ser provenientes de produtos comuns, como cosméticos, ou resultar da degradação de objetos plásticos. Uma preocupação crescente diz respeito aos plásticos biodegradáveis, que, embora reduzam resíduos, podem se desfazer em microplásticos que se fixam facilmente nos tecidos biológicos do organismo.

Diversos estudos apontam a necessidade de um entendimento profundo sobre como essas partículas são absorvidas pelo corpo e eliminadas. Enquanto a ciência ainda busca respostas definitivas, evidências já registram a presença de microplásticos em cérebros de pessoas de várias regiões, bem como em sangue, placenta e pulmões, salientando suas rotas de entrada no organismo.

Quais são os possíveis impactos dos microplásticos na saúde?

Ainda que pesquisas sobre os microplásticos e a saúde humana encontrem-se em estágio inicial, há uma preocupação crescente sobre os riscos que eles podem apresentar. Sua capacidade de absorver poluentes e transportá-los para dentro do corpo levanta questões sobre a exposição a toxinas. Estudos adicionais são necessários para avaliar que tipo de impacto essas partículas podem ter, particularmente em órgãos sensíveis como o cérebro.

Efeitos Potenciais dos Microplásticos na Saúde Humana:

  • Danos físicos: As partículas podem causar irritação e inflamação nos tecidos com os quais entram em contato, como o trato gastrointestinal e os pulmões.
  • Toxicidade química: Os microplásticos podem conter substâncias químicas nocivas, como aditivos e plastificantes, que podem ser liberadas no organismo e causar danos a órgãos e sistemas.
  • Interferência endócrina: Algumas substâncias presentes nos microplásticos podem interferir no sistema endócrino, afetando o funcionamento de hormônios e causando problemas de desenvolvimento, reprodução e metabolismo.
  • Reações alérgicas: Os microplásticos podem desencadear reações alérgicas em pessoas sensíveis, causando sintomas como irritação na pele, olhos e vias respiratórias.

Estudos e Evidências:

Pesquisas recentes detectaram microplásticos no sangue humano, o que indica que essas partículas podem se espalhar pelo corpo e atingir diversos órgãos e tecidos.

Estudos em animais demonstraram que os microplásticos podem causar danos ao sistema digestivo, fígado, rins e sistema nervoso, além de afetar a reprodução e o desenvolvimento.

Em humanos, os estudos ainda são limitados, mas alguns trabalhos sugerem que a exposição a microplásticos pode estar relacionada ao aumento do risco de doenças inflamatórias intestinais, problemas respiratórios e até mesmo câncer.

Medidas de Prevenção:

Diante dos potenciais riscos dos microplásticos à saúde, é fundamental adotar medidas para reduzir a exposição a essas partículas.

Nível individual:

  • Evitar o uso excessivo de plásticos, optando por alternativas reutilizáveis e biodegradáveis.
  • Não descartar lixo plástico no meio ambiente, separando os materiais para reciclagem.
  • Evitar produtos de higiene pessoal que contenham microesferas de plástico.

Nível coletivo:

  • Fortalecer as políticas de gestão de resíduos sólidos, incentivando a reciclagem e a compostagem.
  • Desenvolver tecnologias para reduzir a produção e o descarte inadequado de plásticos.
  • Estimular a pesquisa sobre os impactos dos microplásticos na saúde e no meio ambiente.

Quais iniciativas estão sendo adotadas para reduzir a contaminação?

No Brasil, observam-se projetos inovadores destinados a mitigar essa contaminação. Na Universidade Federal de São Carlos, desenvolvem-se filtros veiculares com nanotecnologia para capturar partículas no ar. Investigações semelhantes ocorrem na Universidade de São Paulo e no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais, onde o foco está na criação de tecnologias para purificação da água.

No entanto, as soluções efetivas exigem ações preventivas, especialmente na redução do uso de plásticos descartáveis como garrafas e sacolas. Mesmo que a sociedade dependa amplamente destes materiais, os especialistas defendem mudanças urgentes nos hábitos de consumo para mitigar a entrada de microplásticos no ambiente e, consequentemente, no corpo humano.

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