Equipe econômica projeta corte mais robusto no Orçamento só em maio

Contrariando a expectativa de parte do mercado financeiro, a equipe econômica do governo Lula prevê apresentar somente a partir de maio cortes mais robustos no Orçamento para o cumprimento da meta de déficit fiscal zero em 2025.

Segundo membros da equipe econômica, a previsão é de que esse corte mais robusto seja apresentado apenas no Relatório de Avaliação de Despesas e Receitas Primárias do 2º bimestre, previsto para ser divulgado em 22 de maio.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao lado do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e da ministra do Planejamento, Simone Tebet

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao lado do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e da ministra do Planejamento, Simone Tebet
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad

Vinícius Schmidt/Metrópoles

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao lado do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e da ministra do Planejamento, Simone Tebet

Hugo Barreto/Metrópoles

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao lado do ministro da Casa Civil, Rui Costa, e da ministra do Planejamento, Simone Tebet

Hugo Barreto/Metrópoles

Integrantes da área econômica argumentam que somente a partir de maio o governo federal terá previsões mais claras sobre indicadores da economia em 2025 para embasar um anúncio de corte no Orçamento mais preciso.


Entenda

  • Tecnicamente, bloqueio e contingenciamento são duas coisas diferentes, embora geralmente usadas como sinônimos, por significarem retenção de gastos públicos.
  • Enquanto o contingenciamento guarda relação com as receitas, o bloqueio é impactado pelas despesas.
  • Por meio do uso desses instrumentos da política fiscal, o mercado monitora se a União será capaz de cumprir a meta fiscal apresentada no Orçamento de cada ano. Para 2025, a meta é de déficit zero.
  • Como há um intervalo de tolerância (banda) de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), a meta será atingida mesmo se for registrado um rombo de até R$ 30,9 bilhões nas contas públicas.
  • Mercado trabalha com um número na casa dos R$ 30 bilhões. Qualquer valor abaixo disso poderá gerar frustrações para esses agentes financeiros.

A equipe econômica de Lula acredita que, em maio, por exemplo, terá como projetar com maior precisão  o crescimento do PIB em 2025 — e, consequentemente, a previsão de receitas do governo, — para definir o volume dos cortes.

Como noticiou o Metrópoles, parte do mercado financeiro vislumbra um corte de cerca de R$ 35 bilhões no Orçamento para o cumprimento da meta de déficit zero em 2025 (ou seja, receitas equiparadas às despesas).

A expectativa dos agentes do mercado era de que o corte fosse anunciado na forma de bloqueio e/ou contingenciamento já no Relatório de Avaliação de Despesas e Receitas Primárias do 1º bimestre, que será divulgado em 22 de março.

Membros da equipe econômica não descartam que o relatório do primeiro bimestre já traga algum corte. Mas ponderam, que, se acontecer, será em um montante menor. O volume maior, reforçam, será anunciado a partir de maio.

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