Oposicionistas articulam ‘insurreição’ nas principis comissões da Alepe

Foto: Jarbas Araújo

Próximo do prazo para que partidos indiquem os nomes que devem integrar as comissões na Assembleia Legislativa de Pernambuco, a movimentação nos bastidores para desencadear a insurreição dos aliados da governadora Raquel Lyra (PSDB), que compõem os três principais colegiados: Comissão de Constituição, Legislação e Justiça; Finanças, Orçamento e Tributação; e Administração Pública.

Tudo começa pelo União Brasil, partido que elegeu Romero Albuquerque como líder da bancada ainda no ano passado. Entretanto, ele tirou uma licença de caráter cultural e em sua ausência quem assume é Antonio Coelho (UB), que ontem, junto ao irmão Miguel Coelho (UB), reiterou a aliança com o prefeito do Recife João Campos (PSB). O partido deve oficializar até a quinta (13) essa mudança, além de apresentar o documento anunciando a saída da legenda do bloco formado em sua maioria por governistas (PSDB, PRD, SD e federação PT, PV, PCdoB) para o grupo liderado pela oposição (PSB, PSOL e Republicanos).

Apesar de o União Brasil ter Romero Sales Filho, que é aliado de Raquel, e Socorro Pimentel, escolhida recentemente como líder do governo, o movimento é um caminho sem volta, conforme revelou uma fonte, porque mesmo antes de tirar a licença, Albuquerque já assinou o documento que também contará com o aval de Edson Vieira e o próprio Antonio, formando maioria. Atualmente, o União Brasil é o “voto de minerva” em todas as comissões e pretende usar isso estrategicamente para liderar uma delas. O alvo é Finanças, que hoje é presidida por Débora Almeida (PSDB), que pode enfrentar um bate-chapa com Antonio Coelho.

Uma outra articulação que ainda estaria em curso, de acordo com um interlocutor, gira em torno do PL, que não faz parte de nenhum bloco e muito provavelmente continuará da mesma forma. Os integrantes da legenda têm mantido conversas com as demais legendas, no sentido de que o Coronel Alberto Feitosa, que hoje é suplente da Comissão de Justiça seja indicado como membro titular e dispute o comando da comissão mais importante da Alepe, contando com o aval dos demais partidos que devem compor o colegiado. A CCLJ, que hoje é presidida por Antônio Moraes (PP), pode contar com maioria oposicionista – levando em consideração o princípio da proporcionalidade.

Ainda ontem (10), o presidente estadual do PSB, deputado Sileno Guedes, revelou que o partido também está nas articulações para comandar uma das principais três comissões. Levando em conta os acordos que estão em curso, restaria para o PSB a disputa pela Comissão de Administração, que atualmente tem Joaquim Lira (PV) na presidência.

A governadora Raquel Lyra teria, pessoalmente, entrado no circuito para tentar evitar a concretização desses movimentos, mas a questão das emendas teria sido a gota d’água. Nos bastidores da Assembleia, as tratativas que estão acontecendo, inclusive, com a participação de governistas, têm como meta garantir uma autonomia maior à Casa.

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