Dengue: 1ª morte em 2025 na cidade de SP é de uma menina de 11 anos

São Paulo — A Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), confirmou a primeira morte por dengue em São Paulo de 2025. A vítima é uma menina de 11 anos, moradora da região de Ermelino Matarazzo, na zona leste da capital. Ela morreu em 30 de janeiro deste ano.

O caso passa por investigação epidemiológica no Instituto Adolfo Lutz. Em nota, a secretaria lamentou “profundamente a perda”.

De acordo com os dados desta terça-feira (11/2) do painel da dengue administrado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES), 56 mortes pela doença foram registrados no estado nas primeiras sete semanas epidemiológicas deste ano.

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Aumento de casos da doença em SP preocupa alguns municípios

Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente Ethel Maciel
Atualmente, somente crianças são vacinadas do Brasil
Aumento de casos da doença em SP preocupa alguns municípios
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Combate à dengue

Rodrigo Nunes/Ministério da Saúde

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Aumento de casos da doença em SP preocupa alguns municípios

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Secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente Ethel Maciel

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Atualmente, somente crianças são vacinadas do Brasil

Fotos : Hugo Barreto/Metrópoles
@hugobarretophoto

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Aumento de casos da doença em SP preocupa alguns municípios

Pnud/Gwenn Dubourthoumieu

No mesmo período do ano passado, foi registrado mais que o dobro de óbitos, quando 121 pessoas morreram por dengue no estado. Em todo o ano de 2024, 2.185 pessoas morreram pela doença.

A primeira morte de 2025 no estado foi registrada em 16 de janeiro no município de Birigui, do Departamento Regional de Saúde de Sorocaba, segundo informações do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.

Os 56 óbitos se dividem entre 36 Departamentos Regionais de Saúde:


Veja os óbitos por dengue em 2025 por região:

  • São José do Rio Preto: 6 mortes
  • Jaboticabal: 6 mortes
  • Amparo: 3 mortes
  • Tanabi: 3 mortes
  • Araçatuba: 2 mortes
  • José Bonifácio: 2 mortes
  • Lins: 2 mortes
  • Porto Ferreira: 2 mortes
  • Presidente Prudente: 2 mortes
  • Sertãozinho: 2 mortes
  • Alfredo Marcondes: 1 morte
  • Americana: 1 morte
  • Brotas: 1 morte
  • Campos Novos Paulista: 1 morte
  • Cardoso: 1 morte
  • Coroados: 1 morte
  • Espírito Santo do Pinhal: 1 morte
  • Fernandópolis: 1 morte
  • Guapiaçu: 1 morte
  • Guaraçaí: 1 morte
  • Jacareí: 1 morte
  • Leme: 1 morte
  • Marília: 1 morte
  • Mogi Guaçu: 1 morte
  • Monções: 1 morte
  • Monte Aprazível: 1 morte
  • Penápolis: 1 morte
  • Pirangi: 1 morte
  • Pontal: 1 morte
  • Potirendaba: 1 morte
  • Santa Bárbara D’Oeste: 1 morte
  • São Paulo: 1 morte
  • Sorocaba: 1 morte
  • Sud Mennucci: 1 morte
  • Urânia: 1 morte
  • Votuporanga: 1 morte

O estado acumula 79,5 mil casos confirmados da doença neste ano, e mais de 150 mil prováveis.

Dengue

A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses, que se caracterizam por serem causadas por vírus transmitidos por vetores artrópodes. No Brasil, o vetor da dengue é a fêmea do mosquito Aedes aegypti.

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos
No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses 
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles -- ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes
Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos
No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte
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A dengue é uma doença infecciosa transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Com maior incidência no verão, tem como principais sintomas: dores no corpo e febre alta. Considerada um grave problema de saúde pública no Brasil, a doença pode levar o paciente à morte

Joao Paulo Burini/Getty Images

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O Aedes aegypti apresenta hábitos diurnos, pode ser encontrado em áreas urbanas e necessita de água parada para permitir que as larvas se desenvolvam e se tornem adultas, após a eclosão dos ovos, dentro de 10 dias

Joao Paulo Burini/ Getty Images

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A infecção dos humanos acontece apenas com a picada do mosquito fêmea. O Aedes aegypti transmite o vírus pela saliva ao se alimentar do sangue, necessário para que os ovos sejam produzidos

Joao Paulo Burini/ Getty Images

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No geral, a dengue apresenta quatro sorotipos. Isso significa que uma única pessoa pode ser infectada por cada um desses
micro-organismos e gerar imunidade permanente para cada um deles — ou seja, é possível ser infectado até quatro vezes

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Os primeiros sinais, geralmente, não são específicos. Eles surgem cerca de três dias após a picada do mosquito e podem incluir: febre alta, que geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupções cutâneas, náuseas e vômitos

Guido Mieth/ Getty Images

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No período de diminuição ou desaparecimento da febre, a maioria dos casos evolui para a recuperação e cura da doença. No entanto, alguns pacientes podem apresentar sintomas mais graves, que incluem hemorragia e podem levar à morte

Peter Bannan/ Getty Images

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Nos quadros graves, os sintomas são: vômitos persistentes, dor abdominal intensa e contínua, ou dor quando o abdômen é tocado, perda de sensibilidade e movimentos, urina com sangue, sangramento de mucosas, tontura e queda de pressão, aumento do fígado e dos glóbulos vermelhos ou hemácias no sangue

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Nestes casos, os sintomas resultam em choque, que acontece quando um volume crítico de plasma sanguíneo é perdido. Os sinais desse estado são pele pegajosa, pulso rápido e fraco, agitação e diminuição da pressão

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Alguns pacientes podem ainda apresentar manifestações neurológicas, como convulsões e irritabilidade. O choque tem duração curta, e pode levar ao óbito entre 12 e 24 horas, ou à recuperação rápida, após terapia antichoque apropriada

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Apesar da gravidade, a dengue pode ser tratada com analgésicos e antitérmicos, sob orientação médica, tais como paracetamol ou dipirona, para aliviar os sintomas

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Para completar o tratamento, é recomendado repouso e ingestão de líquidos. Já no caso de dengue hemorrágica, a terapia deve ser feita no hospital, com o uso de medicamentos e, se necessário, transfusão de plaquetas

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Essa arbovirose é uma doença “febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada”, segundo o Ministério da Saúde. A maioria dos doentes se recupera, mas parte deles podem progredir para formas graves, inclusive vindo a óbito.

Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e apresentar pelo menos duas das seguintes manifestações (veja abaixo) deve procurar imediatamente um serviço de saúde:

  • dor de cabeça;
  • prostração;
  • dores musculares e/ou articulares;
  • dor atrás dos olhos.

Em 21 de dezembro de 2023, a vacina contra dengue foi incorporada no Sistema Único de Saúde (SUS), tornando o Brasil o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público de saúde.

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