Oposição pedirá a Hugo Motta que devolva PL da Anistia para CCJ

Deputados da oposição vão pedir ao novo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que devolva o projeto da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa.

A estratégia, na visão dos bolsonaristas, facilitaria a tramitação da proposta. Atualmente, o projeto está em um “limbo” na Câmara devido à estratégia de Arthur Lira (PP-AL) de enviá-la para um “grupo de trabalho”.

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Hugo Motta foi eleito presidente da Câmara no dia 1º de fevereiro

Hugo Motta, o novo presidente da Câmara dos Deputados
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O presidente da Câmara, Hugo Motta

BRENO ESAKI/METRÓPOLES @BrenoEsakiFoto

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Hugo Motta foi eleito presidente da Câmara no dia 1º de fevereiro

Bruno Spada/Câmara dos Deputados

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Hugo Motta, o novo presidente da Câmara dos Deputados

Mário Agra/Câmara dos Deputados

Caso Motta atenda ao pedido da oposição, o projeto ficaria sob a responsabilidade do futuro presidente da CCJ. No momento, o colegiado é disputado por União Brasil e MDB, mas ainda não há definição sobre quem levará a melhor.

Nos bastidores da Câmara, bolsonaristas se dizem otimistas com a receptividade de Motta à ideia. Especialmente devido às declarações recentes do presidente da Câmara, que afirmou que “não houve golpe” no 8 de Janeiro.

Hugo Motta e o 8 de janeiro

Nos últimos dias, Motta ligou para ao menos dois ministros do Supremo, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, para explicar a entrevista na qual disse que as invasões de 8 de janeiro não teriam sido um golpe.

Nas conversas, segundo relatos feitos à coluna, Motta argumentou que não quis se colocar contra o STF com a fala. Ele ressaltou que respeita decisões judiciais e que pretende atuar para pacificar a relação entre os poderes.

Como mostrou a coluna, a declaração do novo presidente da Câmara sobre as invasões golpistas às sedes dos Três Poderes também não foi bem recebida no Palácio do Planalto.

Sob reserva, auxiliares de Lula avaliaram que Motta ultrapassou o limite com a declaração, pois defendeu algo que o STF e a CPI mista do Congresso consideram um crime contra o Estado Democrático de Direito.

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