CRFB3: “Não continuaria no ativo”, avalia analista

CRFB3: "Não continuaria no ativo", avalia analista

As ações do Grupo Carrefour Brasil (CRFB3) registraram uma valorização de 10% na última sessão, impulsionadas pelo movimento do mercado e por notícias corporativas. No entanto, a análise técnica sugere que o movimento pode não ser sustentável no curto prazo. Segundo o analista CNPI Julio Chartone, a alta foi “uma bola cantada”, mas o formato do pivô de alta apresenta sinais que merecem atenção.

Movimentação técnica e resistência no gráfico

De acordo com Chartone, a estrutura gráfica da ação indica um rompimento da linha de tendência, um fator relevante para estratégias operacionais. “Isso para mim é perfeito, é o que busco para buscar o famoso caçador de fundo”, explicou. No entanto, o padrão de formação do pivô e o comportamento do ativo no pregão do dia 24 de janeiro despertam incertezas. “O candle foi atípico, o pregão não seguiu o padrão esperado”, acrescentou.

A análise técnica identificou que o Carrefour atingiu um alvo de movimento de onda TR na região dos R$ 6,60. A oscilação da ação ao longo do dia resultou em uma sombra de aproximadamente 7%, o que influenciou na decisão de manter ou não posições compradas. “Caso essa sombra não existisse, o ativo teria subido 18% a 19%, mas fechou com 10% de alta”, destacou o analista.

Estratégia para investidores e riscos no curto prazo

Para quem já detém posições compradas, Chartone orienta um stop abaixo da região dos R$ 6,00. “Se eu trouxer isso para um gráfico intraday, percebo que o ativo fez uma marcação de topo, trabalhou acima das máximas e depois cedeu. Caso ele venha no pregão de hoje romper essa região, pode indicar que tentou subir, mas perdeu força”, avaliou.

O analista reforçou que novas posições compradas neste momento não são recomendadas. “Assumir posição agora significa aceitar um stop de aproximadamente 16%, o que para curto prazo não é interessante”, pontuou. Para investidores que seguem análise técnica, a indicação é aguardar uma nova configuração antes de qualquer entrada.

Contexto corporativo e impacto na precificação

Além do movimento técnico, o Carrefour Brasil está no centro de uma proposta relevante para o mercado. O grupo francês Carrefour apresentou uma oferta para fechar o capital da operação no Brasil, transformando-a em uma subsidiária integral. A proposta inclui a conversão das ações da companhia em diferentes classes de ações resgatáveis.

Segundo o fato relevante divulgado, cada ação ordinária acabará substituída por papéis da MergerSub, com opções de liquidez que incluem pagamento em dinheiro, conversão em ações da matriz listadas na Euronext Paris ou recebimento de Brazilian Depositary Receipts (BDRs). Dessa forma, o Carrefour destacou que a proposta oferece um prêmio de 32,4% sobre o preço médio das ações no último mês.

Em suma, diante desse cenário, o Conselho de Administração do Carrefour Brasil formou um Comitê Especial Independente para avaliar os termos da transação. Caso aprovada, a proposta será deliberada em assembleia geral de acionistas. Portanto, a companhia seguirá informando o mercado sobre os desdobramentos do processo conforme exigido pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

O post CRFB3: “Não continuaria no ativo”, avalia analista apareceu primeiro em BM&C NEWS.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.