Ibovespa recua com cautela do mercado enquanto Trump ameaça tarifas

O Ibovespa opera em queda nesta quinta-feira (13), enquanto investidores reagem a novas incertezas no cenário internacional. Apesar do otimismo gerado pelo possível fim da guerra na Ucrânia, os mercados globais ainda demonstram apreensão diante da ameaça de tarifas comerciais recíprocas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Às 10h30, o Ibovespa cai 0,06%, cotado aos 124.326,49 pontos.

Tensão global: tarifas dos EUA e guerra na Ucrânia no radar

Trump anunciou que revelará detalhes sobre sua proposta de tarifas comerciais ainda hoje. Segundo ele, a medida será uma resposta direta aos países que impõem impostos sobre importações norte-americanas, elevando o temor de uma guerra comercial que pode pressionar ainda mais a inflação nos Estados Unidos.

No cenário geopolítico, Trump afirmou ter mantido conversas por telefone com Vladimir Putin, presidente da Rússia, e Volodymyr Zelenskiy, líder ucraniano. Durante o diálogo com Putin, Trump garantiu que ambos concordaram em iniciar negociações imediatas, aumentando a esperança de uma solução diplomática para o conflito.

Desempenho da Bolsa: Vale e Petrobras em queda, bancos operam mistos

O pessimismo refletiu diretamente nas ações de grandes companhias brasileiras. Os papéis da Vale (VALE3) registram perdas, impactados pela volatilidade do mercado de commodities, enquanto Petrobras (PETR4) também recua. Já os grandes bancos apresentam desempenho misto, sem tendência definida no início do pregão.

Enquanto isso, o dólar comercial avança para R$ 5,77, pressionado pelo aumento da aversão ao risco no mercado internacional. Em contrapartida, os juros futuros (DIs) recuam ao longo de toda a curva, refletindo expectativas sobre a política monetária brasileira.

Agenda econômica: Haddad tem reunião com Banco Central, Lula viaja ao Norte

No Brasil, a agenda política também movimenta o mercado. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá uma reunião às 14h com Renato Gomes, diretor de Organização do Sistema Financeiro e de Resolução do Banco Central. A expectativa é que o encontro traga novas sinalizações sobre as diretrizes fiscais do governo.

Enquanto isso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre compromissos oficiais no Norte do país, viajando para Macapá (AP) e Belém (PA). A movimentação política pode impactar as discussões sobre medidas econômicas e alocações orçamentárias.

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