Saiba de onde vêm os alertas de tempestade emitidos pela Defesa Civil

São Paulo — A população do estado de São Paulo tem se acostumado a receber mensagens nos celulares, enviados pela Defesa Civil, que avisam a aproximação de chuvas fortes, rajadas de vento, riscos de alagamentos e deslizamentos de terra.

Os alertas meteorológicos — que apontam os locais que correm riscos em razão das tempestades e orientam como a população pode se proteger — são disparados a partir do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE-SP), no Palácio dos Bandeirantes, situado no Morumbi, zona sul paulistana. É também de lá que agentes realizam a previsão do tempo no estado.

O monitoramento do tempo utiliza diversos equipamentos espalhados pelo estado, que incluem sete radares, estações meteorológicas da Secretaria de Agricultura e Abastecimento e radares da Secretaria de Meio Ambiente e Logística, entre outros. Os dados gerados por esses equipamentos são integrados ao CGE-SP — o que permite à Defesa Civil prever riscos.

No caso dos alertas da Defesa Civil que a população recebe no celular, o meteorologista do CGE analisa as informações vindas dos radares e de pluviômetros e avalia o risco da chuva. Com isso, os alertas podem ser severos ou extremos.

Os alertas severos indicam alta possibilidade de risco. Nesse caso, um pop-up padrão aparece na tela do usuário. Já os alertas extremos tratam de risco iminente e disparam por meio de um som diferenciado no celular, congelando suas funções até o usuário confirmar que viu o aviso.

O meteorologista da Defesa Civil elabora um alerta de acordo com a normativa da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) em relação ao tamanho da mensagem. O disparo do alerta ocorre para os celulares encontrados nas regiões de maior risco. Ou seja, em uma área delimitada pela Defesa Civil com base em antenas de celular. A área pode ser um bairro, uma cidade ou até uma região metropolitana.

A Defesa Civil utiliza o sistema “Cell Broadcast” para efetuar o disparo de alertas desde dezembro de 2024. Com ele, todo aparelho celular de determinada região conectado a uma antena de telefonia e recebendo sinal 4G ou 5G recebe mensagens de alerta. Além do alerta sobre os riscos, a ferramenta deve informar sobre locais para evacuação e pontos seguros.

Na capital, o primeiro “alerta cell broadcast severo”, emitido pela Defesa Civil, foi enviado durante a tempestade ocorrida no fim da tarde de 24 de janeiro.

“É importante que as pessoas que receberam a mensagem sigam as orientações da Defesa Civil para se dirigir a um local seguro ou para não sair”, ressalta a Major Michele Cesar, diretora da Divisão de Resposta da Defesa Civil estadual.

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