Campanha de Trump denuncia que e-mails foram hackeados por iranianos

A campanha do ex-presidente dos Estados Unidos e candidato à presidência pelo partido Republicano, Donald Trump, alega que os e-mails da campanha foram hackeados. Os republicanos, sem oferecerem provas materiais, acusam o Irã pelo ataque hacker.

Na sexta-feira (9/8), a Microsoft divulgou um relatório de que as atividades on-line do Irã tinham aumentado e que os elementos indicavam que a inteção era influenciar o resultado da eleição presidencial norte-americana.

O porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, afirmou que o ataque foi feito por “fontes estrangeiras hostis aos Estados Unidos”. Em resposta o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA disse que declarações que acusam influência estrangeira nas atividades eleitorais dos Estados Unidos, um assunto “extremamente a sério”.

Cheung disse que começou a receber e-mails em 22 de julho de uma conta anônima. O email que teria disseminado o ataque foi identificado apenas como “Robert” com um conteúdo que parecia ser um dossiê de pesquisa que a campanha aparentemente havia feito sobre o candidato republicano à vice-presidência, o senador de Ohio JD Vance . O documento foi datado de 23 de fevereiro, quase cinco meses antes de Trump selecionar Vance como seu companheiro de chapa.

“Esses documentos foram obtidos ilegalmente” e “pretendiam interferir nas eleições de 2024 e semear o caos em todo o nosso processo democrático”, disse Cheung.

Ele destacou o relatório da Microsoft e afirmou que os “hackers iranianos invadiram a conta de um ‘alto funcionário’ da campanha presidencial dos EUA em junho de 2024, o que coincide com o momento próximo da seleção de um candidato a vice-presidente pelo presidente Trump”.

“Os iranianos sabem que o presidente Trump acabará com seu reinado de terror, assim como fez em seus primeiros quatro anos na Casa Branca. Qualquer mídia ou meio de comunicação que reimprima documentos ou comunicações internas está cumprindo as ordens dos inimigos da América e fazendo exatamente o que eles querem”, disse Cheung.

A missão do Irã nas Nações Unidas, negou estar envolvida em qualquer atividade de interferência eleitoral.

“O governo iraniano não possui nem abriga nenhuma intenção ou motivo para interferir na eleição presidencial dos Estados Unidos. Não damos crédito a tais relatórios”, disse a missão à The Associated Press.

Influencia iraniana nas eleições dos EUA

A Microsoft afirmou, na sexta que o Irã está acelerando as atividades on-line com a intenção de influenciar as eleições nos Estados Unidos. A empresa de tecnologia ainda disse que há sites iranianos sendo criados nos últimos meses com notícias falsas. Nos sites, os autores se passam por ativistas, contruindo o terreno para fomentar a divisão e influenciar eleitores americanos, em especial, nos swing states (estados pêndulo, em português), diz a empresa.

Autoridades dos Estados Unidos já sugeriram, em outros momentos, que o Irã se opõe ao ex-presidente Donald Trump e, também, que Teerã buscou retaliação por um ataque ordenado por Trump em 2020 a um general iraniano.

Semana passada, o Departamento de Justiça apresentou acusações criminais contra um homem paquistanês com laços com o Irã que supostamente planejou o assassinato de Donald Trump e de outras autoridades.

Nesse relatório, a Microsoft declarou que “a influência maligna estrangeira em relação às eleições de 2024 nos EUA começou lentamente, mas ganhou ritmo nos últimos seis meses, devido inicialmente às operações russas, mas mais recentemente à atividade iraniana”.

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