Alcolumbre sobre denúncia contra Bolsonaro: não politizar ou polemizar

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), comentou a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Jair Bolsonaro (PL) e aliados. O chefe do Lesgilativo evitou entrar no mérito das acusações e disse não querer polemizar.

Alcolumbre defendeu ser fundamental separar “as questões políticas das questões jurídicas”. “O que nós tivemos pela Procuradoria-Geral da República foi uma denúncia que esta sendo tratada no âmbito do Poder Judiciário e do Ministério Público Federal, das autoridades competentes em realação a esse processamento dessa questão juridica”, declarou nesta quarta-feira (19/2).

O presidente do Senado ainda ressaltou que o processo está em uma fase inicial e que não gostaria de “polemizar” o assunto, “fazendo uma fala que venha a levar o tom de que a gente exerça na política um papel que não nos cabe, então eu quero ficar na política”.

“O que cabe a mim como senador e presidente do Senado e chefe de um poder é não politizar mais uma questão jurídica, não polemizar mais… porque nosso país não precisa mais desses embates de radicalismos nem de um lado nem do outro”, disse a jornalistas. “Não é adequado transformar em um procedimento político”.

A PGR enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na noite dessa terça-feira (18/2), denúncia contra Bolsonaro pelos crimes de liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Ainda é imputado ao ex-presidente o crime de dano qualificado pela violência e grave ameaça contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima e deterioração de patrimônio tombado.

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, considerou que o ex-presidente da República seria o líder de organização criminosa que atuou para planejar golpe de Estado que o manteria no poder mesmo após derrota para Lula (PT) nas eleições de 2022.

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