Motos elétricas no Brasil: Opção promissora, mas vendas ainda em ritmo lento

Enquanto os veículos elétricos de quatro rodas conquistam cada vez mais espaço nas ruas brasileiras, as motocicletas elétricas ainda atravessam um caminho cheio de obstáculos. Apesar de seu potencial para reduzir emissões, essas duas rodas enfrentam dificuldades significativas para ganhar a preferência do consumidor. Segundo dados da Fenabrave, apenas 0,3% das motos emplacadas até abril de 2024 são elétricas, uma diferença enorme se comparada aos automóveis.

Motos elétricas no Brasil: Opção promissora, mas vendas ainda em ritmo lento
Motos elétricas no Brasil: Opção promissora, mas vendas ainda em ritmo lento

Contrastando com essa realidade, as montadoras de carros elétricos disponibilizam uma gama variada de modelos, principalmente importados, que se adaptam aos desejos e necessidades do mercado brasileiro. Já no segmento das duas rodas, as principais empresas ainda estão em fase inicial de desenvolvimento de seus modelos sustentáveis, focando mais nos motores à combustão ajustados às normas de emissões vigentes.

Por que o mercado de motos elétricas no Brasil está fraco?

A propulsão limpa é um grande avanço tecnológico, trazendo benefícios não apenas ambientais, mas também econômicos a longo prazo. Embora marcas tradicionais como a Harley-Davidson já tenham evoluído nesse aspecto com modelos como o Livewire, essas inovações ainda não estão disponíveis amplamente no mercado brasileiro. Além disso, motos elétricas enfrentam desafios como espaço limitado para baterias grandes, resultando em menor autonomia.

Alternativas e soluções no mercado de motos elétricas

Apesar dos obstáculos, existem marcas que estão investindo no setor e começam a oferecer mais opções para os consumidores. Uma delas é a Shineray, que oferece modelos emplacáveis com preços a partir de R$ 9.390. Outra marca que vem se destacando é a Watts, do Grupo Multi, que produz seus modelos em Manaus e já possui uma rede de 40 concessionárias. Suas motos e scooters elétricas oferecem alternativas de uma ou duas baterias, aumentando a autonomia para até 180 km.

Principais desafios enfrentados pelos fabricantes de motos elétricas no Brasil

  • Espaço para baterias: Motos têm menos espaço comparado aos carros, limitando o tamanho das baterias.
  • Autonomia restrita: Com baterias menores, as motos elétricas frequentemente são limitadas ao uso urbano.
  • Mercado de importação: A falta de modelos nacionais faz com que a maioria das opções disponíveis seja de importação, elevando os custos.

Enfrentando inúmeros desafios, o crescimento do segmento de motos elétricas no Brasil ainda é tímido. As expectativas em relação à expansão da infraestrutura e à adoção de políticas públicas de incentivo podem ser determinantes para o futuro dessa indústria. Adicionalmente, o caso da startup Voltz, que enfrentou problemas de produção e atrasos, é um reflexo dos obstáculos que novas empresas encontram ao entrar num mercado ainda dominado pelos combustíveis fósseis.

Com obstáculos significativos, mas com uma clara necessidade de avanço para modelos mais sustentáveis, o mercado de motos elétricas no Brasil permanece numa encruzilhada entre o potencial e os desafios. Será interessante observar como as marcas irão se adaptar às demandas de um público cada vez mais consciente e exigente por soluções ecológicas nos próximos anos.

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