Trump diz que os EUA não darão garantias de segurança à Ucrânia

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou, nesta quinta-feira (27/2) que a responsabilidade de garantir a segurança à Ucrânia, em meio a guerra com a Rússia, não é dos EUA, mas, sim da Europa.

“Não vou dar garantias de segurança além de muito. Vamos deixar a Europa fazer isso”, afirmou Trump.

A fala do presidente acontece em um momento em que ele receberá, nesta sexta-feira (28/2), o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, para firmar um “acordo preliminar” relativo ao desejo de Trump de obter acesso aos recursos minerais localizados no território ucraniano.

Até o momento, os moldes do acordo ainda não foram divulgados por Washington ou Kiev. Trump, no entanto, já falou que pretende acessar entre US$ 350 a US$ 500 bilhões em recursos minerais. E que isso seria uma forma da Ucrânia “pagar” por toda a assistência norte-americana enviada para o país desde o início da guerra com a Rússia.

No entanto, o presidente ucraiano negou que seu país seja “devedor” e afirmou que ceder a quantia que Trump busca seria “injusto”.

Apesar de o acordo estar em discussão e os presidentes terem um encontro marcado em Washington D.C, Donald Trump, constantemente, demonstra sua intenção de se alinhar com a Rússia.

O líder norte-americano, já em campanha, afirmava que se eleito reduziria ao máximo o apoio norte-americano a Ucrânia na guerra contra Vladmir Putin.

Intervenção Europeia

A fala de Trump também antecede a visita, nesta quinta-feira, de Keir Starmer, primeiro-ministro da Inglaterra, justamente para falar com o presidente norte-americano sobre o apoio dos EUA à Ucrânia.

Starmer afirmou que deseja que Trump concorde que, no caso de um acordo de paz na Ucrânia, os EUA deem garantias de segurança que o tornarão durável.

O premiê afirmou que a Grã-Bretanha contribuiria com tropas para uma força de manutenção da paz europeia chamada “tripwire” para defender a Ucrânia e deter a Rússia, mas os soldados europeus precisariam do apoio aéreo e logístico dos EUA para serem eficazes, e Starmer está buscando garantias de que Washington fornecerá esse nível de apoio.

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