Polène: tudo sobre a grife de bolsas que já conquistou Kate Middleton

Depois de marcas como Aupen e Ciriaco, aqui vai mais uma grife de bolsas que vale ficar de olho em 2025: a francesa Polène. As criações da label chamam atenção pela elegância minimalista. Devido ao ritmo de produção artesanal e aos preços atrativos para o público que consome luxo, a demanda chega a gerar filas nas lojas. A seguir, a coluna explica o que está por trás desse sucesso.

Vem saber o principal:

Focada em artigos de couro e joalheria, e famosa pelas bolsas, a empresa foi fundada pelos irmãos Antoine, Elsa e Mathieu Mothay em 2016. Os três são netos do fundador de outra marca francesa, a Saint James, de vestuário. Porém, do trio, só Antoine continua à frente do negócio atualmente.
A estética dos produtos da marca, considerada um “luxo acessível”, fica entre o minimalismo, o atemporal e o contemporâneo, características que rendem comparações às criações de Phoebe Philo durante seus 10 anos como diretora criativa da Celine.
Os modelos best-sellers incluem as bolsas Numéro Un, Numéros Neuf, Cyme e Numéro Dix. O processo de design e produção leva entre 16 e 20 meses.
Desde o começo de 2024, a empresa tem uma participação minoritária do fundo de investimento L Catterton, comandado em parceria pelas companhias Catterton Partners, LVMH e Groupe Arnault.
Além de Paris (França), sede da Polène, as primeiras lojas da grife foram abertas em Nova York (Estados Unidos), Tóquio (Japão) e Seul (Coreia do Sul).
Entre os compradores da marca, segundo o portal Business of Fashion, 25% são consumidores frequentes. Os influenciadores ajudaram no crescimento, sobretudo no início da label. A divulgação “boca a boca” corresponde a 35% dos novos clientes.

Hype e diferenciais

O hype da Polène tem uma contribuição considerável da web. Em 2022, uma análise de Tanner Leatherstein do modelo Numéro Un viralizou. Segundo o tiktoker, a peça atendeu bem aos cinco pilares que ele usa para avaliar bolsas: estrutura, artesanato, couro, design e ferragens. Na plataforma, a tag #Polene soma mais de 30 mil postagens, e mais 19 mil com #PoleneParis. Entre os vídeos, é possível encontrar unboxings e visitas às lojas. E as filas, claro.

“Se fosse uma bolsa de US$ 2 mil, eu não ficaria surpreso, mas custava apenas US$ 430. As marcas de luxo criaram essa impressão de que você precisa gastar milhares de dólares para obter uma boa bolsa de couro, mas Polène provou que não”, comentou o produtor de conteúdo, no vídeo.

O couro usado nas peças da grife, desenhadas no estúdio em Paris, vem de fornecedores italianos e espanhóis certificados. A produção dos artigos de couro ocorre em Ubrique, na Espanha, cidade especializada no segmento. Inclusive, direta ou indiretamente, a marca emprega 13,7% da população da cidade, com 16,3 mil habitantes.

Bolsa Cyme, da grife francesa Polène - Metrópoles — Bolsa Cyme, um dos modelos mais famosos da Polène

Bolsa Numéro Neuf, da grife francesa Polène - Metrópoles — Esta, com aspecto almofadado, é a Numero Neuf, em tamanho mini

Bolsa Numéro Un, da grife francesa Polène - Metrópoles — Aqui, a versão nano da Numéro Un

Bolsa Numéro Dix, da grife francesa Polène - Metrópoles — Esta, em formato de meia-lua, é a Numéro Dix

Demanda e expansão

Antoine Mothay, co-fundador e CEO da Polène, disse ao Business of Fashion que a label é lucrativa desde o primeiro ano. Só em 2023, as vendas anuais aumentaram para US$ 153 milhões. A expectativa no fim do ano passado era quase dobrar as vendas. O sucesso permitiu, em 2024, a abertura da primeira loja em Londres e da segunda em Paris, além de planos para Dubai, Miami e Munique

Segundo Mothay, as lojas explicam grande parte do sucesso da marca, que trabalha com vendas físicas de forma conjunta com o e-commerce desde o início. A expansão é uma forma de evitar filas como as que ocorrem na loja principal em Paris, com espera de até duas horas.

Outro fator positivo é o preço médio dos produtos, em torno de US$ 580 por bolsa. Valor que, para os consumidores de luxo, diante dos preços de grifes consagradas, é considerado acessível. Em 2024, no entanto, houve um reajuste de preços entre 10% e 25% que desagradou parte da clientela, como relatou o site Refinery29. A marca justifica o aumento pelos altos custos de produção.

Anel da grife francesa Polène - Metrópoles — Além dos artigos de couro, a grife trabalha com joalheria

Certificado, o couro usado nas peças da marca vem da Itália e da Espanha, país onde a produção dos itens ocorre

Interior de loja da grife francesa Polène - Metrópoles — A marca tem lojas em Paris, Nova York, Tóquio, Seul e Londres. Há planos de abrir em Dubai, Munique e Miami

Adesão entre as famosas

As criações da Polène também têm suas adeptas entre as celebridades, inclusive no mundo fictício. Na vida real, em 2022, uma Numéro Sept Mini foi vista nas mãos de Kate Middleton. Já a famosa protagonista da série Emily em Paris, interpretada por Lily Collins, usa dois modelos diferentes, Numéro Huit Mini e Yké, na segunda e na terceira temporada, respectivamente.

Lisa, do grupo de K-pop Blackpink, já compartilhou cliques no Instagram com o modelo Solé, com pegada veranil.

Na galeria abaixo, veja celebridades que já apareceram com criações da Polène: