Microplásticos no cérebro? Descoberta alarmante revela ligação com a demência

Um estudo recente trouxe à luz a preocupante presença de microplásticos e nanoplásticos (MNPs) no tecido cerebral humano. Pesquisadores da Universidade do Novo México descobriram que essas partículas se acumulam em quantidades significativas, especialmente em indivíduos com demência. A pesquisa destaca a necessidade urgente de entender as implicações desse acúmulo para a saúde neurológica.

Os cientistas encontraram, em média, o equivalente a uma colher de chá de microplásticos nos cérebros analisados. Em casos de demência, os níveis eram ainda mais elevados. Além disso, a concentração de MNPs no cérebro superava em muito a encontrada em outros órgãos, como fígado e rins, sugerindo um potencial impacto direto na função cerebral.

Como os microplásticos atravessam as barreiras cerebrais?

Microplásticos no cérebro? Descoberta alarmante revela ligação com a demência
Microplásticos – Créditos: depositphotos.com / deeangelo

Microplásticos, especialmente aqueles menores que 200 nanômetros, conseguem ultrapassar a barreira hematoencefálica, uma defesa crucial do cérebro. Uma vez dentro, eles se acumulam nas paredes dos vasos sanguíneos e em células do sistema imunológico. Essa capacidade de penetração levanta preocupações sobre o papel dessas partículas no desenvolvimento de doenças neurológicas, como a demência.

O aumento das concentrações de microplásticos no cérebro ao longo dos anos é alarmante. Cientistas alertam que entender como essas partículas afetam o cérebro é essencial para prevenir possíveis danos à saúde mental e cognitiva.

Como reduzir a exposição aos microplásticos?

Para mitigar a ingestão de microplásticos, especialistas sugerem mudanças simples no dia a dia. Uma recomendação importante é optar por água filtrada em vez de engarrafada, pois esta última pode conter uma quantidade significativa de partículas plásticas. Além disso, evitar o uso de saquinhos de chá de plástico e o aquecimento de alimentos em recipientes plásticos pode reduzir a exposição.

Armazenar alimentos em recipientes de vidro ou aço inoxidável é uma alternativa eficaz para minimizar o contato com plásticos. Essas práticas podem ajudar a diminuir a ingestão de microplásticos, contribuindo para uma melhor saúde a longo prazo.

Na alimentação:

  • Evite água engarrafada: Prefira água filtrada ou de fontes naturais.
  • Use recipientes de vidro ou metal: Armazene alimentos em recipientes que não liberem microplásticos, especialmente ao aquecer.
  • Lave frutas e legumes: Remova possíveis resíduos da superfície dos alimentos.
  • Reduza o consumo de frutos do mar: Alguns estudos indicam a presença de microplásticos em frutos do mar.

No dia a dia:

  • Use roupas de fibras naturais: Evite roupas sintéticas, que liberam microfibras na lavagem.
  • Lave roupas com menos frequência: Reduza a liberação de microfibras na água.
  • Use um filtro de microplásticos na máquina de lavar: Existem filtros específicos para reter microfibras.
  • Evite cosméticos com microesferas: Muitos produtos de higiene pessoal contêm microplásticos em sua composição.
  • Limpe a casa com frequência: O pó doméstico pode conter microplásticos.
  • Reduza o uso de plásticos descartáveis: Opte por alternativas reutilizáveis em embalagens, sacolas e utensílios.

Outras medidas:

  • Apoie iniciativas de redução de plástico: Incentive empresas e governos a adotarem medidas para diminuir a produção e o descarte de plástico.
  • Participe de ações de limpeza de praias e rios: Ajude a remover o plástico do meio ambiente.

Qual o caminho das pesquisas futuras?

Embora o estudo tenha revelado dados preocupantes, ainda há muito a ser explorado sobre os efeitos dos microplásticos no corpo humano. Pesquisas futuras são necessárias para determinar se a redução da ingestão de microplásticos resulta em menor acúmulo no organismo. Além disso, cientistas estão investigando métodos para eliminar essas partículas do corpo, como através da transpiração.

Compreender os impactos de longo prazo dos microplásticos é crucial para estabelecer limites seguros de exposição. Enquanto isso, adotar práticas que reduzam a exposição pode ser um passo importante para proteger a saúde humana.

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