Tarifaço: Alckmin vai se reunir com auxiliar de Trump nesta quinta

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), terá uma reunião nesta quinta-feira (7/2) com o secretário do Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick.

O encontro, que será realizado por videoconferência às 17h30, ocorre em meio ao aumento das tensões comerciais após o presidente norte-americano Donald Trump anunciar e ameaçar tarifas sobre produtos importados.

Embora o Brasil ainda não tenha sido diretamente afetado, setores estratégicos da economia podem sofrer impactos com as medidas tarifárias de Trump. Entre os itens no radar das sobretaxações estão o aço, o alumínio e a madeira, além de possíveis cobranças sobre produtos agrícolas e etanol.

Trump tem citado o Brasil como país que ele considera que taxa demais os EUA.

O mercado de madeira brasileira pode ser um dos mais prejudicados, já que os EUA são o principal destino das exportações do setor, recebendo 42,4% do total. Trump já anunciou uma tarifa de 25% sobre produtos florestais importados, o que pode dificultar a competitividade dos produtos nacionais.

Outro ponto de preocupação é o etanol. Atualmente, o Brasil aplica uma tarifa de 18% sobre o produto americano, enquanto os EUA cobram apenas 2,5% do etanol brasileiro. A política de “tarifas recíprocas” defendida por Trump pode levar a um aumento dessa taxação.

Além disso, aço e alumínio, que estão entre os principais produtos exportados pelo Brasil para os EUA, também podem ser afetados. Até o momento, o governo brasileiro não anunciou nenhuma medida em resposta à taxação, como o aumento das tarifas sobre produtos americanos.

Para Alckmin, a melhor estratégia diante do impasse é o diálogo. O vice-presidente defende a possibilidade de um acordo para a definição de cotas de exportação, como foi feito em 2018, evitando a imposição de sobretaxas.

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