Acusada de morder em camarote diz ter sido amarrada e expõe hematomas

Danielle Buenaga de Azevedo, a mulher que foi presa na Marquês de Sapucaí, na noite de terça-feira (4/3) acusada de morder diversas pessoas em um camarote, expôs alguns hematomas que teriam sido ocasionados por agressões durante a abordagem. Além disso, ela afirmou ter sido amarrada, passando a imagem de louca para todo o Brasil.

Ao publicar uma foto do joelho machucado, a advogada escreveu: “Eles me agrediram e me difamaram para todo o Brasil”. Em outro momento, ela mostrou um hematoma no pulso.

Danielle ainda postou uma outra imagem onde aparece sentada e com os pés amarrados por uma faixa hospitalar. “Me amarraram e tentaram me passar de louca para todo o Brasil”, disparou ela.

“Justiça por Danielle”

Ainda nas redes sociais, a mulher publicou uma foto que tirou no camarote antes da confusão e afirmou que “a verdade prevalecerá”. Ela também acrescentou as hashtags: justiça e justiça por Danielle.

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Danielle Buenaga publicou fotos de hematomas

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Danielle pediu por justiça
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Reprodução/Instagram

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Entenda o que aconteceu

Guardas municipais da Ronda Maria da Penha detiveram a mulher por estar mordendo pessoas em um camarote no setor cinco. A equipe foi acionada por um segurança no local. Segundo a GM, ela “apresentava sinais de embriaguez e resistiu muito à abordagem, tentando inclusive morder os próprios GMs”.

De acordo com investigações da Polícia Civil, os ataques teriam começado porque Danielle queria ficar rente à grade para ver melhor os desfiles. Segundo o G1, os guardas que atenderam a ocorrência contaram em depoimento que, ao chegar ao camarote, a advogada estava nervosa, agressiva e gritando, pois o chefe da segurança não queria permitir que ela voltasse ao espaço.

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Mulher foi presa após atacar pessoas em camarote

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Mulher presa após atacar pessoas em camarote

Foto: Rogério fidalgo/ AGNEWS

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Foto: Rogério fidalgo/ AGNEWS

Os agentes contaram que Danielle não quis conversar e tentou morder uma guarda na mão e na barriga. O ataque não conseguiu machucá-la, mas arrancou um botão do uniforme.

A mulher foi presa em flagrante pelos crimes de lesão corporal, resistência e desacato. Ela foi solta na audiência de custódia, mas precisará cumprir medidas cautelares, entre elas: não poderá se aproximar nem ter contato com as vítimas, mantendo distância de pelo menos 300 metros, além de comparecer em juízo a cada mês, não podendo se ausentar da comarca de sua residência.

Defesa da mulher contesta versão

A versão contada pela Guarda Municipal (GM) e pela polícia é contestada pela defesa de Danielle Buenaga. Em um comunicado assinado pelo advogado Carlos André Franco M. Viana, é afirmado que os fatos contados não verdadeiros e que a abordagem realizada pelos agentes foi “truculenta e sem respeito a quaisquer protocolos”.

Leia a nota na íntegra:

“Diante da massiva divulgação de notícias que informam que foliã teria ‘mordido’ frequentadores em um camarote na Sapucaí, prezamos pela parcimônia e confiamos que haja uma investigação séria e eficiente das forças policiais para que todos os fatos possam ser devidamente esclarecidos.

Os fatos noticiados não são verdadeiros. A acusada foi vítima de uma abordagem truculenta e sem respeito a quaisquer protocolos. É uma mulher guerreira, mãe e filha, advogada com uma carreira invejável com muita dedicação aos seus clientes que, neste exato momento encontra-se no hospital recebendo cuidados médicos, já que esse direito lhe foi negado, passando inclusive por procedimento de tomografia diante das graves lesões que sofreu.

Já apuramos que o imbróglio ocorreu quando da tentativa de reentrada ao Camarote, onde o sistema de bilhetagem apresentou erro sistêmico, não sendo possível realizar o reconhecimento facial anteriormente cadastrado negando o acesso, mesmo estando com Camisa Oficial.

Diante da reiterada negativa de acesso, uma equipe da guarda municipal que passava pelo local, invés de dirimir o impasse, agiu de forma extremamente arbitrária, decidindo retirá-la do local sem qualquer justo motivo, aplicando um golpe desproporcional conhecido como ‘mataleão’, além do uso indiscriminado de algemas, como divulgado em diversas fotografias. Nos chama atenção o fato da respectiva guarnição ser do Grupamento ‘Maria da Penha’, cuja função precípua é acolher a mulher vítima de violência e não revitimá-la, além de não possuir câmaras corporais que registrassem suas respectivas ações.

Foi negada à vítima o contato com sua Defesa Técnica, acesso imediato a atendimento médico para cuidar das agressões sofridas durante a abordagem, além de não ter sido encaminhada para sala de acolhimento para atendimento psicossocial.

Não houve a identificação de supostas vítimas, clientes do citado camarote que teriam sido mordidos pela acusada. Conclui-se que houve a criação de um factoide para esconder as diversas ilegalidades perpetradas a uma mulher vítima de violência sem que houvesse o devido acolhimento institucional, tanto é que após submissão dos fatos à Juíza plantonista a acusada foi posta, imediatamente, em liberdade.

Esperamos, que todos os fatos sejam devidamente investigados, com as respectivas responsabilizações e, por fim, que haja a devida absolvição das condutas que sequer cometeu”.

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