Nosso PIB 2024: Credibilidade e Constatação (por Roberto Caminha Filho

O Produto Interno Bruto (PIB) de um país é um termômetro essencial para medir a saúde econômica da nação. Em 2024, o Brasil enfrentou um cenário desafiador, mas não sem méritos. A credibilidade dos dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é incontestável, e a constatação dos números é um convite para que os brasileiros analisem, reflitam e acreditem no potencial do país. Crescemos 3,2%. Só nos resta duas alternativas: constatar e acreditar para trabalharmos o nosso planejamento a partir daí.

O IBGE projeta um crescimento moderado do PIB em 2024, com 3,2%, sustentado pelo agronegócio, setor de serviços e consumo interno. No entanto, a instabilidade política, as disputas ministeriais e a complexidade burocrática ainda representam entraves ao desenvolvimento pleno. O crescimento econômico é um processo dinâmico, que exige equilíbrio entre investimento, gestão pública eficiente, cultivando o gasto inteligente dos nossos dirigentes para a melhoria das condições de vida da população.

A transparência dos dados econômicos é um fator primordial para garantir a confiança de investidores, empresários e da própria população. O IBGE, como instituição séria e consolidada, oferece indicadores confiáveis, mas, muitas vezes, os debates políticos nublam a compreensão dos fatos. É preciso separar a realidade econômica dos discursos inflamados para que possamos construir soluções efetivas e definitivas.

Os desafios para que o PIB reflita um Brasil mais justo e próspero passam por reformas estruturais, investimentos em educação, inovação tecnológica e políticas públicas eficientes. A desigualdade social continua a ser um fator limitante para o consumo e o desenvolvimento humano. É fundamental que o crescimento econômico seja acompanhado de distribuição de renda, acesso a serviços essenciais e oportunidades para todos.

Se por um lado é necessário reconhecer os desafios, por outro, não podemos ignorar as potencialidades do país. O Brasil tem riquezas naturais, uma população criativa e uma economia diversificada. Cabe a todos – governantes, empresários e cidadãos – contribuir para que o crescimento do PIB seja refletido na vida das pessoas. A constatação dos dados deve levar à ação, pois a única alternativa é seguir em frente, superando desafios e buscando soluções reais. O nosso setor primário não é coisa de amadores, é um setor gerido por Pelés e as estatísticas mundiais mostram que somos os maiores exportadores mundiais de carne de boi (24%), frango (33%), café (27%), açúcar (44%), suco de laranja (76%), soja (56%), milho(31%), mostram ainda, além de pontuarmos, muito bem, como vice-líder nas vendas de etanol e algodão além de nos colocarmos bem no ranking, com outras commodities, que são itens importantes para todos os mercados do nosso mundo.

O Brasil de 2025, pós-planejamento, não pode se dar ao luxo de ficar preso a disputas infrutíferas. É hora de acreditar nos dados oferecidos, planejar estrategicamente e trabalhar para que a economia seja um reflexo do potencial que a nação impiedosamente carrega. Vamos para cima, pois não nos resta outra alternativa!

 

Roberto Caminha Filho, economista, apesar do que vê e analisa, acredita no IBGE e no agro do nosso Brasil.

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