EUA mantêm posição de que Google deveria sair do Chrome

O presidente americano pode ter mudado, mas não a opinião do novo Departamento de Justiça (DOJ em inglês) sobre o processo de monopólio do Google. Nesta segunda-feira, o DOJ defendeu a decisão de que a big tech deve vender o seu navegador Chrome. No documento enviado ao tribunal federal que julga o caso, o DOJ reforça a visão de que existe um monopólio do Google nos serviços de buscas.

No ano passado, o Departamento de Justiça dos EUA, órgão equivalente ao nossos Ministério da Justiça, julgou que a big tech monopolizava o mercado de buscas online. Além de pedir a venda do Chrome. O Google também será obrigado a realizar alterações no Android, nas quais a empresa não poderá favorecer os seus serviços no sistema operacional nem firmar contratos para que o seu buscador seja o padrão de navegadores.

Por que a nova gestão do DOJ manteve a decisão do governo Biden?

Na sua decisão, o DOJ afirma que o Google, aproveitando do seu tamanho e poder irrestrito, realiza práticas anticompetitivas para impedir que consumidores tenham o direito de escolher serviços concorrentes. Nas palavras do DOJ, “não importa o que ocorra, o Google sempre ganha”.

A recomendação de venda do Chrome foi encaminhada para o juiz federal Amit Mehta, responsável pelo julgamento de monopólio do Google. Pelo lado bom (ou menos pior) para o Google, o DOJ não aparenta estar ligando para as restrições do Android. Contudo, só a venda do Chrome já seria uma enorme perda para as operações da big tech.

A outra grande derrota é que o DOJ defende a decisão de que o Google deve parar firmar contratos para que o seu buscador seja o padrão de navegadores como o Safari e Firefox. Em 2022, só para a Apple, desenvolvedora do Safari, o Google pagou US$ 20 bilhões no contrato desse tipo.

Opinião do DOJ pode ter surpreendido o Google

A opinião do DOJ de manter a venda do Chrome e fim dos contratos de exclusividade pode ter surpreendido o Google. A big tech, assim como a Meta e outras empresas de tecnologia, espera que o governo Trump seja menos combativo contra a dominância das big techs — inegável que elas têm um grande poder em ditar discursos e passar ideias.

Contudo, enquanto a SpaceX e a Meta se livraram de alguns processos após Trump assumir a presidência, o Google vê o novo DOJ defendendo a venda do Chrome. A big tech afirma que irá recorrer e que está desenvolvendo soluções que ampliem a competitiva sem a necessidade de se desfazer do Chrome — como uma associação com outras empresas que utilizam o motor Chromium em seu navegadores, na qual o Google não teria o controle total sobre mudanças no motor.

Com informações de ZDnet

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