Imposto de Renda sobre heranças pode dobrar com nova lei

Em 2025, o cenário tributário brasileiro está passando por transformações significativas, especialmente no que diz respeito ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). A reforma tributária de 2023 trouxe mudanças que impactam diretamente a forma como os contribuintes lidam com a transferência de bens e ao Imposto de Renda. Com o novo teto de 8% para o ITCMD, muitos estados, como São Paulo, estão revisando suas alíquotas, o que tem gerado uma movimentação considerável nos cartórios.

Essa antecipação na divisão de bens reflete a preocupação dos contribuintes em minimizar os impactos financeiros das novas regras. A reforma tributária de 2023 introduziu um cenário onde a estratégia de planejamento sucessório se tornou essencial para muitos, especialmente para aqueles com patrimônios consideráveis.

Como declarar doações e heranças no Imposto de Renda?

Para aqueles que decidiram antecipar a divisão de seus bens, é crucial entender como declarar essas transações no Imposto de Renda. O doador deve registrar o valor doado na seção de “Pagamentos Efetuados”, enquanto o beneficiário deve incluir o valor recebido em “Rendimentos Isentos e Não Tributáveis”.

No caso de heranças, os bens devem ser declarados de acordo com o valor estabelecido na partilha. A Receita Federal pode exigir comprovações do pagamento do ITCMD, e a falta de informações precisas pode levar a complicações legais.

Por que os contribuintes estão antecipando a transferência de bens?

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O Projeto de Lei tem gerado apreensão, levando os contribuintes a realizarem transferências antecipadas
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A antecipação na transferência de bens é uma resposta direta à expectativa de aumento nas alíquotas do ITCMD. O Projeto de Lei Complementar 108/2024, que ainda está em tramitação, visa padronizar as alíquotas em todo o território nacional. Isso significa que, em breve, os contribuintes poderão enfrentar uma carga tributária mais pesada, especialmente em estados que ainda não aplicam o teto máximo.

Além disso, a proposta de tornar o ITCMD progressivo implica que as alíquotas aumentem conforme o valor dos bens. Isso exige que os contribuintes planejem suas sucessões com mais cuidado, a fim de evitar surpresas financeiras desagradáveis.

O status do PLP 108/2024

O Projeto de Lei Complementar 108/2024, que propõe mudanças significativas no ITCMD, ainda não foi sancionado. Após passar pela Câmara dos Deputados, o projeto aguarda aprovação no Senado. Ele visa criar um comitê gestor para o imposto e estabelecer diretrizes para a administração dos tributos relacionados.

Principais pontos a considerar:

  • A aprovação do PLP 108/2024 ainda está em processo e depende de discussões no Senado.
  • As mudanças no ITCMD, especialmente em relação à progressividade, estão diretamente ligadas à aprovação desse projeto de lei.

Para que o projeto se torne lei, ele precisa ser aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente. Até lá, as mudanças propostas permanecem em discussão, mas já influenciam o comportamento dos contribuintes.

A relevância do planejamento sucessório

Com as mudanças iminentes no ITCMD, o planejamento sucessório se torna cada vez mais importante. Essa prática não apenas ajuda a evitar conflitos familiares, mas também protege o patrimônio contra perdas financeiras significativas. Especialistas recomendam que famílias e empresários considerem cuidadosamente suas opções para garantir uma transição tranquila e eficiente de seus bens.

Além de assegurar a proteção do patrimônio, o planejamento sucessório pode reduzir o estresse emocional e financeiro para os herdeiros. Apesar de sua importância, muitos ainda não adotam essa prática, o que pode levar a complicações futuras.

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