Muitas mulheres têm o costume de lavar calcinhas no banho devido à praticidade em meio à rotina corrida. No entanto, embora esse hábito não seja contraindicado, o médico Ricardo Kores alerta para os riscos dessa prática quando mal executada, o que inclui o aparecimento de candidíase.
Segundo o infectologista, na verdade, é o contexto da limpeza que pode favorecer a condição. “Após a lavagem, a peça fica secando em um ambiente rico em umidade, o que contribui para o desenvolvimento de fungos, podendo contaminar a região íntima”, explica ele.
A candidíase vaginal é uma infecção provocada pelo fungo Candida, responsável por sintomas como coceira, ardência, vermelhidão e corrimento branco na região íntima.
O uso frequente de roupas íntimas apertadas ou úmidas, tratamentos com antibióticos ou anticoncepcionais, diabetes descompensada, alterações hormonais, doenças autoimunes e estresse são fatores que podem causar desequilíbrio da flora vaginal, resultando na doença.

De acordo com o profissional, alguns hábitos auxiliam na prevenção da candidíase, como:
- Usar roupa íntima de algodão para melhorar a absorção da umidade;
- Trocar a roupa íntima logo após banhos na piscina ou mar;
- Manter o controle de doenças como a diabetes;
- Secar as roupas em ambiente limpo e seco;
- Dormir sem calcinha.
Afinal, do ponto de vista médico, lavar calcinha no banho é recomendado?
Conforme Ricardo Kores elucida, o ideal é realizar a limpeza desse tipo de peça na lavanderia de casa ou na máquina de lavar roupas. “Pode até lavar no banho, mas utilizando um sabão adequado, limpando muito bem e deixando secar fora do banheiro, que é um ambiente úmido e potencialmente contaminado”, afirma.
Ele também adverte: “Há, ainda, sabonetes que acabam não limpando adequadamente a roupa e deixando resíduos, o que pode causar alergias e infecções.”

O médico aconselha optar por produtos adequados para esse tipo de peça (eles costumam ser encontrados em mercados ou farmácias), esfregar bem a roupa íntima e só guardar depois que estiver totalmente seca.
Quanto ao uso de água quente do chuveiro, ele esclarece: “A água quente ajuda em uma limpeza mais profunda, mas, para matar bactérias, precisaríamos de temperaturas muito mais elevadas.”
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