Com dívidas de R$ 130 milhões, FMU pede recuperação judicial

A FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) apresentou à Justiça de São Paulo, nesta quinta-feira (13/3), um pedido de recuperação judicial.

A empresa tem dívidas que somam R$ 130 milhões e busca uma renegociação do passivo com os credores.

O que diz a FMU

De acordo com a direção da FMU, o pedido de recuperação judicial não causará nenhum impacto ou mudanças na rotina de aulas da universidade, assim como nos investimentos do grupo.

Pelo menos por enquanto, segundo a FMU, não haverá demissões ou cancelamento de projetos.

No pedido apresentado à Justiça, a instituição explica que sofreu com os impactos da pandemia de Covid-19, com investimentos que tiveram de ser feitos para viabilizar as aulas a distância.

Desde 2021, segundo a FMU, houve ainda restrições ao Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies), além de desistências e elevado índice de inadimplência.

Apesar do cenário adverso, a FMU afirma que tomou providências, pelo menos desde 2023, para equacionar as dívidas e reequilibrar sua situação financeira.

“Graças a esses ajustes operacionais, a FMU projeta uma melhora substancial em sua margem Ebitda [lucro antes de impostos, tributos, depreciações e amortizações] ajustada ao longo de 2025, estimada em 21,5%”, diz a empresa no pedido de recuperação judicial.

Mais sobre a FMU

Apesar do momento delicado, a FMU registrou um faturamento líquido de R$ 318 milhões em 2024. A instituição de ensino conta, atualmente, com 1,1 mil funcionários diretos e outros 2 mil indiretos.

Desde 2020, a FMU pertence ao fundo de investimento Farallon, que assumiu o controle da empresa como parte do acordo de compra da Laureate (grupo norte-americano que adquiriu a faculdade em 2013) pela Ânima Educação.

Procurada pelo Metrópoles para comentar o pedido de recuperação judicial, a FMU ainda não havia se manifestado até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto à instituição.

Recuperação judicial

A recuperação judicial é um processo que permite às organizações renegociarem suas dívidas, evitando o encerramento das atividades, demissões ou falta de pagamento aos funcionários.

Por meio desse instrumento, as empresas ficam desobrigadas de pagar aos credores por algum tempo, mas têm de apresentar um plano para acertar as contas e seguir em operação.

Em linhas gerais, a recuperação judicial é uma tentativa de evitar a falência.

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