São Félix do Xingu: criança de 2 anos é abandonada e homem preso

Em um caso que choca pela crueldade e pela negligência, a Polícia Civil prendeu em flagrante, na última quinta-feira (13), um homem em São Félix do Xingu, no sul do Pará, acusado de abandonar uma criança de apenas 2 anos à própria sorte. O cenário é tão revoltante quanto previsível, considerando o histórico desse indivíduo, que já carrega nas costas a sombra de uma investigação por estupro de vulnerável contra uma enteada de 9 anos. Estamos diante de um retrato escandaloso de omissão, violência e total desprezo pela vida de inocentes.

Tudo começou quando uma mulher, ex-companheira do suspeito, acionou a polícia para recuperar seus documentos e pertences pessoais, que estavam retidos na residência do homem. O que os agentes encontraram ao chegar lá, no entanto, foi muito além de uma simples disputa doméstica: uma criança de 2 anos, sozinha, largada em casa como se fosse um objeto descartável, sem qualquer cuidado ou proteção.

É impossível não se indignar com tamanha frieza. Como alguém pode deixar uma criança tão pequena entregue ao acaso, exposta a todo tipo de risco, sem o menor sinal de humanidade?

E o pior ainda estava por vir. A polícia revelou que esse mesmo homem, agora detido, é investigado por abusar sexualmente da própria enteada, uma menina de 9 anos. Sim, você leu certo: um predador em potencial, com um histórico de violência contra uma criança vulnerável, teve a audácia de abandonar outra vítima indefesa.

É um ciclo de horror que expõe não apenas a perversidade desse indivíduo, mas também a fragilidade de um sistema que permite que figuras como essa continuem soltas até que o pior aconteça.

Ao perceber a chegada das viaturas, o covarde ainda tentou fugir, numa demonstração clara de culpa e desespero. Felizmente, os policiais conseguiram detê-lo e o arrastaram para a Delegacia de Polícia Civil, onde ele agora enfrenta as consequências — ainda que tardias — de seus atos.

O caso será investigado pelas Delegacias Especializadas no Atendimento à Mulher (Deam) e à Criança e ao Adolescente (Deaca), mas fica a pergunta: até quando crianças continuarão pagando o preço pela leniência com monstros como esse?

Esse é o tipo de história que nos faz questionar a sociedade em que vivemos. Uma criança de 2 anos abandonada e uma menina de 9 anos supostamente abusada pelo mesmo homem. Quantas outras vítimas esse sujeito fez antes de ser pego? E quantas mais poderiam ter sido evitadas se as autoridades tivessem agido antes?

É um tapa na cara de qualquer um que ainda acredita na justiça ou na proteção dos mais frágeis. Que esse caso sirva, ao menos, como um grito de alerta — porque o silêncio, aqui, já custou caro demais.

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