MOJU – Encapuzados tocam o terror, matam 2 e deixam refém amarrado em árvore

Mais uma vez, o Pará se vê manchado pelo sangue de uma violência que parece não ter fim. Na noite de sexta-feira, 14 de março de 2025, um novo capítulo de brutalidade foi escrito nas páginas sombrias da crônica policial do estado. Em uma área rural de Moju, no nordeste paraense, dois homens foram assassinados a sangue frio, enquanto um terceiro foi deixado amarrado em uma árvore, como testemunha impotente de um crime que carrega as digitais de organizações criminosas que há anos infestam a região.

Edmilson de Souza Lira, de 49 anos, e seu funcionário, conhecido apenas como “Pop”, tiveram suas vidas ceifadas por disparos de arma de fogo. O sobrevivente, Elias Evangelista da Silva, de 40 anos, relatou o terror de ver três homens encapuzados invadirem a propriedade, a 20 quilômetros da sede do município, por volta das 22 horas.

Segundo ele, os criminosos o renderam e, quando Edmilson e “Pop” se aproximaram da casa, foram executados sem piedade. Os assassinos, covardes como é típico desse tipo de ação, fugiram levando uma motocicleta e uma espingarda, deixando Elias amarrado e os corpos das vítimas como prova de sua selvageria.

A Polícia Civil, agora, investiga o caso. Os corpos foram enviados ao IML de Abaetetuba, e um inquérito foi aberto para tentar identificar os responsáveis e suas motivações. Mas até quando vamos ler notícias como essa sem que algo realmente mude? O Pará vive refém de uma violência endêmica, alimentada por disputas de terra, tráfico de drogas e a presença cada vez mais descarada de facções criminosas.

O que aconteceu naquela propriedade rural é um reflexo cruel de um estado onde a lei muitas vezes é substituída pela força bruta. A impunidade reina, e os encapuzados — sejam eles pistoleiros de aluguel ou membros de grupos organizados — continuam a agir como se o Pará fosse terra de ninguém.

Até quando vamos aceitar que a vida de homens como Edmilson e “Pop” seja reduzida a estatísticas, enquanto os sobreviventes, como Elias, carregam o trauma de uma noite que poderia ter sido evitada? É hora de cobrar respostas, não só da polícia, mas de um sistema que falha em proteger seus cidadãos.

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