Suspeito de matar Vitória desmente polícia e nega confissão do crime

São Paulo — Após a polícia afirmar que Maicol Sales dos Santos, de 27 anos, confessou ter matado Vitória Regina de Souza (foto em destaque), a defesa dele  negou qualquer confissão de autoria ou participação por parte do cliente em relação ao caso da adolescente de 17 anos, encontrada sem vida em uma área de mata de Cajamar, na Grande São Paulo.

Segundo fontes policiais ouvidas pelo Metrópoles, o único suspeito preso até o momento revelou em um depoimento dado na tarde dessa segunda-feira (17/3) que, além de ter matado Vitória, agiu sozinho no crime. A defesa nega.

“Até o presente momento, não houve confissão de autoria ou participação por parte do cliente em relação ao caso Vitória Regina de Souza, sendo inverídicas quaisquer informações que estejam sendo veiculadas a esse respeito”, disse a defesa de Maicol Sales dos Santos por meio de nota.

No comunicado assinado pelos advogados Arthur Perin Novaes, Flávio Ubirajara e Vitor Aurélio Timóteo da Silva, é ressaltado que “Maicol está sendo assistido por sua defesa” e que “toda e qualquer declaração atribuída a ele, feita sem a presença de seus advogados, ofende a legislação processual pertinente e carece de validade jurídica, sendo potencial causa nulificadora do processo e até mesmo de configuração de ilícito penal e administrativo”.

“Registre-se, por fim, que estamos adotando todas as medidas cabíveis para garantir o pleno direito de defesa e o devido processo legal, bem como fazer respeitar as prerrogativas conferidas à advocacia, dentre as quais o direito de entrevistar-se pessoal e reservadamente com o cliente e o acesso à integralidade das informações constantes no inquérito policial e demais feitos correlatos”, diz a defesa. “Seguimos acompanhando o caso e reforçamos nosso compromisso com a verdade e com a justiça.”

Maicol está preso desde sábado (8/3). O carro dele, um Toyota Corolla prata, foi visto no local em que a menina foi raptada momentos antes do crime. A polícia disse ter encontrado manchas de sangue no porta-malas do veículo. O material genético colhido na perícia será submetido a exames técnicos para comprovar que se trata de material genético da menina.

Além disso, no celular de Maicol os investigadores encontraram fotos da adolescente, além de imagens de facas e revólver. As autoridades também encontraram no aparelho eletrônico fotos de outras garotas com características físicas semelhantes a Vitória.

As informações sobre o relatório feito pela polícia foram confirmadas pelo advogado da família de Vitória, Fabio Costa, que afirma ter tido acesso ao material.

Outro ponto confirmado pelo advogado é que a investigação descobriu que Maicol visualizou uma postagem feita por Vitória no Instagram quando esperava o ônibus para voltar para casa, na zona rural de Cajamar, na Grande São Paulo. O indício é de que, com isso, o suspeito saberia exatamente o horário que ela chegaria.


A morte de Vitória

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Vitória Regina

Vitória em festa de formatura
Vitória Regina de Souza, de 17 anos
Jovem desapareceu em Cajamar, na região metropolitana de SP
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Corpo de Vitória Regina de Souza, 17, foi encontrado com sinais de tortura e decapitado em Cajamar (SP). Polícia ouviu 14 pessoas envolvidas

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Vitória em festa de formatura

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Vitória Regina de Souza, de 17 anos

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Jovem desapareceu em Cajamar, na região metropolitana de SP

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  • Vitória Regina de Souza, de 17 anos, foi encontrada decapitada e com sinais de tortura na tarde do dia 5 de março, em uma área rural de Cajamar, na Grande São Paulo. Ela estava desaparecida desde o dia 26 de fevereiro, quando voltava do trabalho.
  • Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que o corpo estava em avançado estado de decomposição. A família reconheceu o corpo por conta das tatuagens no braço e na perna e um piercing no umbigo.
  • Imagens de câmeras de segurança mostram a jovem chegando a um ponto de ônibus no dia 26 de fevereiro e, posteriormente, entrando no transporte público. Antes de entrar no coletivo, a adolescente enviou áudios para uma amiga nos quais relatou a abordagem de homens suspeitos em um carro, enquanto ela estava no ponto de ônibus.
  • Nos prints da conversa, a adolescente afirma que outros dois homens estavam no mesmo ponto de ônibus e que lhe causavam medo. Em seguida, ela entra no ônibus e diz que os dois subiram junto com ela no transporte público — e um sentou atrás dela.
  • Por fim, Vitória desce do transporte público e caminha em direção a sua casa, em uma área rural de Cajamar. No caminho, ela enviou um último áudio para a amiga, dizendo que os dois não haviam descido junto com ela. “Ta de boaça”. Foi o último sinal de Vitória com vida.

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