Seis servidores do GDF receberam mais de R$ 1 milhão. Entenda

Seis servidores do Governo do Distrito Federal (GDF) receberam mais de R$ 1 milhão de salário no mês de janeiro de 2025. Essa remuneração foge do comum, mas não é irregular porque os altos valores referem-se a um benefício antigo adquirido pelos servidores, reconhecido como um direito.

Uma gestora de políticas públicas e gestão governamental recebeu R$ 1,9 milhão líquido. Segundo o contracheque, R$ 248,4 mil referem-se à Vantagem Pessoal Nominalmente Identificada (VPNI), pago quando há diferença entre o cargo efetivo e o comissionado. O maior valor é de juros de mora (R$ 869,9 mil) e de atualização monetária (R$ 807,2 mil). A remuneração básica da funcionária pública, sem o valor extraordinário, é de R$ 23,4 mil. Veja:

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Contracheque de servidor GDF com benefício VPNI, juros e correção monetária

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Contracheque de servidor GDF com benefício VPNI, juros e correção monetária

Reprodução/Portal da Transparência

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Contracheque de servidor GDF com benefício VPNI, juros e correção monetária

Reprodução/Portal da Transparência

Um auditor fiscal da Receita do DF e uma professora receberam, cada um, R$ 1,8 milhão. Um auditor fiscal de atividades urbanas teve remuneração de R$ 1,5 milhão e o salário de um professor chegou a R$ 1 milhão com o pagamento do direito adquirido anteriormente.

Outra analista de políticas públicas e gestão governamental recebeu R$ 1 milhão. Em pelo menos cinco dos seis casos citados, a remuneração alcançou cifra milionária em razão do VPNI, juros e correção monetária.

Em nota, a Secretaria de Educação do DF disse que iniciou o pagamento de valores referentes às despesas de exercícios anteriores em abril de 2024. Serão pagos aos profissionais da educação R$ 178,5 milhões, em seis lotes.

“A ação contempla os servidores que tinham algum valor a receber desde 1990 até a presente data. Os dois servidores citados fazem parte do grupo de professores que têm valores a receber”, informou a pasta.

A coluna não recebeu resposta do Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev-DF), órgão ao qual os outros quatro servidores que receberam mais de R$ 1 milhão estão vinculados.

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