Peixão usou Gordinho do Gás como laranja para comprar armas de guerra

Investigações da Polícia Federal (PF) apontam que Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, líder do Terceiro Comando Puro (TCP), utilizava laranjas para financiar a compra de armamento pesado e equipamentos de espionagem, como parte de um esquema internacional de abastecimento da facção.

Entre os operadores financeiros do grupo, está um integrante conhecido como Gordinho do Gás, que foi mencionado no fluxo de recursos da organização. Segundo documentos obtidos pela PF, Gordinho atuava diretamente na remessa de valores para o armeiro do grupo, Everson Vieira Francesquet, conhecido como “Deus” nas transações ilegais.

As investigações apontam que Gordinho, em conjunto com outro integrante da facção conhecido como “Zero”, era responsável por enviar dinheiro para a aquisição de drones lançadores de granada, fuzis, pistolas, bloqueadores de sinal e equipamentos de comunicação de alta tecnologia.

Esses recursos eram transferidos diretamente para Everson, que cuidava da logística e das compras com fornecedores internacionais, especialmente no Paraguai e na China.

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Peixão coordena tecnologia bélica e espionagem com itens da China

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Everson Vieira Francesquet, conhecido como “Deus”

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Everson Vieira Francesquet, conhecido como “Deus”

Um dos comprovantes analisados pela PF mostra uma transferência de R$ 30 mil feita por “Gordinho do Gás” para Everson, com o objetivo de comprar mais um drone lançador de granadas — equipamento cada vez mais utilizado por facções no Rio para ataques a comunidades rivais.

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Peixão, que permanece foragido, coordenava toda a operação, dando ordens a Everson sobre o que comprar e autorizando os pagamentos via seus laranjas. As mercadorias — entre elas fuzis importados do Paraguai, drones militares e bloqueadores de sinais — chegavam ao Brasil por meio de empresas de transporte e até pelos Correios, camufladas como produtos eletrônicos comuns.

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Peixão é ligado ao Terceiro Comando Puro (TCP)

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Peixão

Polícia Civil RJ

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Peixão coordena tecnologia bélica e espionagem com itens da China

Everson Vieira Francesquet, por sua vez, já havia sido denunciado por contrabando de um fuzil anti-drone e, neste mês, foi novamente preso ao se apresentar à Justiça. Ele agora responde por tráfico internacional de armas e participação em organização criminosa.