Americanas fecha 4º trimestre com prejuízo de R$ 586 milhões

A Americanas, que está em processo de recuperação judicial, ficou no vermelho no último trimestre do ano passado, de acordo com dados divulgados pela varejista na noite de quarta-feira (26/3).


O que aconteceu

  • De acordo com a companhia, o prejuízo líquido no período entre outubro e dezembro de 2024 foi de R$ 586 milhões.
  • O resultado reverteu o lucro líquido registrado no quarto trimestre do ano anterior, de R$ 2,56 bilhões.
  • O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Americanas no quarto trimestre ficou em R$ 180 milhões.  No mesmo período de 2023, a empresa registrou Ebitda negativo de R$ 1,18 bilhão.
  • Segundo os resultados divulgados pela Americanas, a receita líquida consolidada somou R$ 4,3 bilhões, o que representou uma queda de 4,5% em relação ao quarto trimestre de 2023.
  • No acumulado de 2024, a receita líquida consolidada da Americanas somou R$ 14,3 bilhões. Na comparação com 2023, houve um recuo de 2,8%.

Rombo contábil

No dia 11 de janeiro de 2023, a Americanas informou ao mercado que havia detectado “inconsistências contábeis” em seus balanços corporativos. Até então, o rombo era estimado em cerca de R$ 20 bilhões. Era o início do desmoronamento de uma das companhias mais tradicionais do país.

O episódio, hoje apontado como o maior escândalo corporativo da história do Brasil, deflagrou uma série de acontecimentos que levaram a Americanas à lona. Mais de 2 anos depois, a varejista ainda está longe de uma recuperação total.

Processo contra ex-diretores

No último dia 11, a Americanas deu início a um procedimento arbitral contra quatro ex-diretores da varejista. Ela atribui ao grupo a responsabilidade pela fraude de R$ 25,2 bilhões registrada na companhia.

No processo, a empresa busca a condenação dos ex-executivos Miguel Gutierrez, Anna Saicali, José Thimoteo Barros e Marcio Cruz. A Americanas quer a reparação de prejuízos materiais e imateriais causados no contexto da fraude contábil.

A medida foi aprovada pelos acionistas da empresa em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) realizada em dezembro de 2024.

Em nota, a Americanas disse que “é a maior interessada no esclarecimento dos fatos e na responsabilização civil e criminal de todos os envolvidos”.

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