MPSP apura possível contaminação nas represas Billings e Guarapiranga

São Paulo — O Ministério Público de São Paulo (MPSP) instaurou um Inquérito Civil para apurar uma possível contaminação da água nas represas Billings e Guarapiranga, na zona sul de São Paulo. Os reservatórios abastecem mais de 5 milhões de pessoas em toda a região metropolitana.

A denúncia foi feita pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) e pela vereadora Renata Falzoni (PSB). Elas afirmam que a Sabesp não estaria fazendo manutenção no sistema de esgoto da região em volta das represas.

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Represa Billings, na área da zona sul de SP

Braço da Represa Guarapiranga em Itapecerica da Serra (SP)
Represa Billings vista do bairro Jardim Apurá
Represa Billings
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A represa Guarapiranga, na zona sul de São Paulo

Elpidio Costa Junior/Getty Images

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Represa Billings, na área da zona sul de SP

Omar Matsumoto, Gabriel Inamine, Luciana Nascimento e Nilson Sandré, PMSBC

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Braço da Represa Guarapiranga em Itapecerica da Serra (SP)

Reprodução/Google

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Represa Billings vista do bairro Jardim Apurá

Jessica Bernardo / Metrópoles

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Represa Billings

Jessica Bernardo / Metrópoles

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Pescador na Represa Billings, em São Paulo

William Cardoso/Metrópoles

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Projeto Meninos da Billings leva estudantes para navegar na represa

Jessica Bernardo / Metrópoles

O inquérito foi motivado por denúncias de contaminação por substâncias químicas e radioativas acima dos limites legais. Moradores da região reclamam da condição da água e do cheiro ruim.

De acordo com o MPSP, o caso é averiguado por comissões técnicas. O órgão informou que a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e o Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiagua) devem prestar esclarecimentos sobre as amostras colhidas nos reservatórios.

A Sabesp, em nota, diz que já prestou esclarecimentos ao MPSP e que investe R$ 70 bilhões para levar coleta e tratamento de esgoto para os municípios, inclusive em áreas informais, que não podiam ser atendidas até então. A empresa explicou ainda que a revitalização dos rios e represas não depende apenas da Sabesp e que está trabalhando para cumprir as metas estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento.

Confira a nota na íntegra

“A Companhia iniciou um investimento de mais de R$ 70 bilhões para levar coleta e tratamento de esgoto a todos os municípios em que a empresa opera até 2029, inclusive para áreas informais, que não podiam ser atendidas até então. Essas obras contemplam a região das represas Guarapiranga e Billings. Cerca de R$ 15 bilhões do total já estão contratados. A empresa tem como meta conectar ao sistema de coleta e tratamento de esgoto aproximadamente 2 milhões de imóveis. Esse plano de investimentos antecipa em quatro anos as metas estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento, o que vai contribuir de forma expressiva para a melhoria da qualidade dos rios e represas de São Paulo. A revitalização de rios e represas, no entanto, depende de várias iniciativas além da ampliação do saneamento básico, como o desassoreamento, a recuperação de fauna e flora e a correta destinação do lixo. A Sabesp informa ainda que respondeu ao ofício do Ministério Público dentro do prazo estabelecido, prestando todos os esclarecimentos solicitados”.

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