O Mistério da Cidade Submersa: Uma Nova Pista para a Origem da Vida

Há 24 anos, um grupo de pesquisadores localizou, no fundo do Oceano Atlântico, um local que os deixou maravilhados devido às suas gigantescas colunas de carbono. Esse extraordinário local, apelidado de “cidade perdida”, se destaca pela sua capacidade de sustentar vida mesmo na ausência de oxigênio. Recentemente, uma nova investigação nesse lugar misterioso pode trazer respostas importantes sobre a origem da vida na Terra.

O que torna essa “cidade perdida” verdadeiramente única é o fato de ser o único local de características semelhantes já encontrado no mundo. A interação do manto ascendente com a água do mar cria uma reação que expulsa hidrogênio, metano e outros gases dissolvidos no oceano. Essa peculiaridade permite que uma vasta diversidade de crustáceos e caracóis habitem o local, além de alguns caranguejos, embora em menor número.

Reprodução: internet

Cidade Perdida: O Ambiente Único que Pode Explicar a Origem da Vida

Um estudo recém-publicado na Science detalha uma expedição de uma equipe de 30 cientistas ao fundo do oceano. A pesquisa resultou na maior coleta de material já realizada em uma profundidade tão extrema. Nunca antes a “cidade perdida” havia sido examinada de tão perto. “Agora temos um tesouro de rochas que nos permitirá estudar sistematicamente os processos que acreditamos serem cruciais para o surgimento da vida no planeta”, comentou Frier Klein, um dos membros da equipe de expedição, ao New York Times.

Como a Cidade Perdida Pode Ajudar na Compreensão da Origem da Vida?

A “cidade perdida” é cercada por fendas vulcânicas e fontes termais que liberam minerais nas colunas presentes no local. Os cientistas teorizam que essas fontes ou suas rochas subjacentes forneceram nutrientes para reações geoquímicas que, bilhões de anos atrás, deram origem à vida terrestre. Uma amostra significativa obtida, um cilindro de rocha conhecido como amostra de núcleo, medindo um recorde de 1.268 metros, oferece uma oportunidade única para estudar essas hipóteses. Esse cilindro pode ser considerado uma amostra do manto da Terra, a camada de rocha vulcânica sólida que separa a crosta do núcleo.

A “Cidade Perdida” Ajuda a Explorar a Vida em Outros Planetas?

Um dos aspectos mais intrigantes desse tipo de formação é a possibilidade de que ela permita a existência ou tenha permitido a existência de vida em outros planetas, mesmo na ausência de oxigênio. “Este é um exemplo de um tipo de ecossistema que pode estar ativo em Encélado ou Europa neste exato momento”, afirmou o microbiologista William Brazelton ao The Smithsonian em 2018, se referindo às luas de Saturno e Júpiter.

Essa recuperação quase ininterrupta de amostras oferece uma oportunidade sem precedentes de obter um inventário detalhado do manto superior, segundo Klein. As amostras permitiram um estudo extensivo em um ambiente tão extremo e raro, trazendo à tona informações valiosas sobre a geologia e os processos que poderiam ter gerado vida em nosso planeta e possivelmente em outros.

Outro ponto de interesse é a facilidade com que as amostras rochosas foram retiradas e trazidas à tona, algo inédito, conforme Dr. Lissenberg relatou ao NYT. “Elas tendem a se fraturar facilmente, e isso emperra a broca. Era como estar em uma loja de doces vendo núcleo após núcleo surgindo”, comemorou.

Essas descobertas não apenas ampliam nossos conhecimentos sobre a origem da vida na Terra, mas também abrem portas para explorar a possibilidade de vida extraterrestre em condições semelhantes. Com uma nova expedição planejada, o futuro promete ainda mais revelações surpreendentes sobre essa fascinante “cidade perdida” nas profundezas do Oceano Atlântico.

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