“O ajuste de juros, se e quando houver, será gradual”, diz Campos Neto

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira (30/8) que o ajuste dos juros no Brasil, “se e quando houver, será gradual”. A afirmação foi feita em evento realizado pela corretora XP, em São Paulo.

Campos Neto reafirmou ainda que a atuação do BC será “firme” na busca para o cumprimento da meta da inflação, cujo centro foi fixado em 3% ao ano, com tolerância de 1,5 ponto percentual. Dados parciais de agosto, apontam que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA-15) está em 4,35% no acumulado de 12 meses.

À semelhança do que havia feito no início da semana, ele afirmou que o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que define os juros básicos do país (a Selic), preferiu, ao final da última reunião, em julho, não dar uma indicação ao mercado sobre o que faria com a taxa nos próximos encontros do órgão, em setembro, novembro e dezembro.

Campos Neto reconheceu que a orientação (no jargão, o “guidance”) deixa o mercado mais volátil, mas o BC não tinha dados nítidos para defini-la. “Preferimos não dar o ‘guidance‘ porque o momento requer flexibilidade”, afirmou. E uma indicação equivocada, observou, teria como “custo uma possível perda de credibilidade do Banco Central”.

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