Reajuste salarial de servidores custará R$ 16 bi no Orçamento de 2025

O reajuste salarial dos servidores do Poder Executivo federal terá um impacto de R$ 16 bilhões no Orçamento de 2025. A informação foi antecipada pelo jornal O Globo e confirmada pelo Metrópoles com fontes do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).

A conta dos impactos com a folha de pagamento dos servidores foi fechada nessa quinta-feira (29/8) para ser incluída no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que deve ser entregue ao Congresso Nacional até 31 de agosto.

Os impactos incluem o reajuste salarial presente nos 45 acordos firmados com os servidores desde o ano passado, além do reajuste geral de 9% e auxílio-alimentação, auxílio-saúde e auxílio-creche.

O efeito estimado para 2024 é de R$ 15,5 bilhões, visto que o reajuste começou a ser pago em maio.

Em 2022, último ano do governo de Jair Bolsonaro (PL), a folha de pagamento dos servidores do poder Executivo representava 2,68% do Produto Interno Bruto (PIB). Na gestão Bolsonaro, os servidores ficaram sem reajuste, o que gerou um desconforto e pressão da categoria com o governo.

Nos anos seguintes, já no terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), esse valor passou de 2,61%, em 2023, para 2,48%, em 2024. Para 2025, a projeção é de 2,59% do PIB.

MGI, reajuste e acordos com servidores

O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, pasta responsável pelas negociações com os servidores do Executivo, fez uma série de negociações com as categorias e assinou termos de acordo prevendo reestruturações nas carreiras e índices de correção para os anos de 2025 e 2026.

No entanto, em 2024, não houve reajuste linear e a maior parte das categorias teve correção zero. Para tentar compensar, o governo optou por reajustar os benefícios, cujos valores ficaram mais próximos dos pagos pelo Legislativo e Judiciário.

Nos Poderes Legislativo e Judiciário, o Ministério Público da União e a Defensoria Pública, os aumentos foram distribuídos em três parcelas (6% em 2023; 6% em 2024; e 6,13% em 2025). Com um impacto previsto de R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos.

Acordos firmados pelo governo com servidores do Executivo em 2024:

  1. Agentes Federais de Execução Penal — Policiais Penais Federais (PPF);
  2. Auditores-Fiscais e Analistas Tributários da Receita Federal (RFB);
  3. Especialista Federal em Assistência à Execução Penal e Técnico Federal de Apoio à Execução Penal (PPF);
  4. Analistas e Técnicos do Banco Central do Brasil (BC);
  5. Plano de Carreira dos Cargos de Atividades Técnicas e Auxiliares de Fiscalização Federal Agropecuária (PCTAF);
  6. Auditores Fiscais Federais Agropecuários (AFFA);
  7. Magistério Federal — PROIFES Federação;
  8. Plano Geral de Cargos do Poder Executivo (PGPE) e PECs Setoriais;
  9. Carreiras da Previdência, Saúde e Trabalho (PST) / Carreiras do Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS) / Agentes de Combate às Endemias — Lei nº 13.026, de 03/09/2014;
  10. Magistério Federal — ANDES-SN/SINASEFE;
  11. Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE);
  12. Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG);
  13. Ciclo de Gestão (CVM/Susep);
  14. Analista de Comércio Exterior;
  15. Plano de Carreiras e Cargos do Hospital das Forças Armadas (PCCHFA);
  16. Ciclo de Gestão (APO e TPO);
  17. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
  18. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea);
  19. Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc);
  20. Oficiais e agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  21. Grupo Informação e Apoio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
  22. Grupo DACTA;
  23. Meio Ambiente (Ibama, ICMBio, MMA);
  24. Médicos Peritos;
  25. PC Tecnologia Militar;
  26. Incra Peritos;
  27. Incra Demais cargos;
  28. Carreiras e PEC do DNIT;
  29. Agências reguladoras;
  30. Peritos Federais Agrários;
  31. Diplomatas;
  32. Carreiras do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (Inep) / Carreiras do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE);
  33. Oficiais e Assistentes de Chancelaria (OFCHAN e ACHAN);
  34. Carreiras da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz);
  35. Carreiras do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi);
  36. Carreiras do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro);
  37. Carreiras de Ciência e Tecnologia, do Instituto Evandro Chagas (IEC) e do Centro Nacional de Primatas (CENP);
  38. Carreiras do Seguro Social (INSS); e
  39. Analistas de Infraestrutura.
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