Com pena de mais de 230 anos, pais que estupraram os próprios filhos são condenados em Goiás

Foto: Reprodução/Metrópoles.

Em um chocante desdobramento judicial na cidade de Pontalina, Goiás, um pai e uma mãe foram sentenciados a penas severas pelo estupro de seus três filhos. Segundo detalhes liberados, o homem recebeu uma sentença de 120 anos, 10 meses e 15 dias de prisão, enquanto a condenação da mulher somou 112 anos e 6 meses. Os nomes dos envolvidos foram mantidos em sigilo para proteger a identidade das vítimas.

A investigação revelou que, além dos abusos cometidos pelo pai, a mãe desempenhava um papel fundamental ao intimidar os filhos e encobrir os atos do marido. Este terrível cenário foi exposto somente após duas das vítimas decidirem denunciar os abusos para proteger a irmã mais nova, que ainda residia na casa dos pais, conforme explicou a delegada encarregada do caso.

O que levou à prisão dos pais em Pontalina?

No dia 4 de julho de 2023, a justiça decretou a prisão preventiva da mãe enquanto o pai já se encontrava detido. Esta decisão veio após a consumação do julgamento que os considerou culpados por três crimes de estupro de vulnerável. A agravante foi a continuidade delitiva e o aproveitamento da condição de ascendente sobre as crianças.

Como funciona o processo de denúncia e condenação no Brasil?

A condenação por crimes tão graves quanto esses passa por um processo minucioso de coleta de evidências e depoimentos. No Brasil, a denúncia pode ser iniciada por qualquer pessoa que tenha conhecimento do crime, especialmente em casos de vulneráveis. Após a denúncia, a polícia realiza a investigação, que, se suficientemente embasada, é encaminhada para o Ministério Público e subsequentemente para a Justiça.

Medidas Protetivas para as vítimas

    1. Encaminhamento para atendimento psicológico e suporte emocional.
    2. Alocação em ambiente seguro, caso haja risco de novas ameaças.
    3. Garantia de anonimato e proteção da identidade nas investigações e no judiciário.
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Todos esses passos são cruciais para garantir não apenas a justiça, mas também a recuperação das vítimas desse tipo de abuso. As autoridades locais, junto à rede de apoio, atuam constantemente para reforçar essas medidas e proporcionar um ambiente de reconstrução e cura para aqueles que foram afetados.

Cenário da violência sexual infantil no Brasil

Segundo dados da Fundação Abrinq, a violência sexual é um grave problema que afeta principalmente crianças e adolescentes no Brasil. Em 2022, das 62.091 notificações recebidas, mais de 45 mil tinham como vítimas pessoas com menos de 19 anos. Isso equivale a 73,8%, ou seja, em média, a cada quatro casos de violência sexual no país, três envolvem crianças ou adolescentes.

Veja os números da violência sexual infantil no Brasil

O relatório “O Cenário da Infância e Adolescência no Brasil 2024” também revelou que, entre as notificações de violência sexual contra crianças e adolescentes, a maioria das vítimas são do sexo feminino. Em 2022, 87,7% dos casos de abuso sexual envolveram meninas.

Além disso, o relatório destacou informações sobre o local onde ocorrem os abusos: 68,7% dos casos aconteceram no ambiente residencial. Outros locais relevantes incluem escolas, com 3,9% das notificações, e vias públicas, com 5,3% dos casos em 2022.

Este caso doloroso de Pontalina não apenas destaca a gravidade dos crimes de abuso sexual dentro da família, mas também ressalta a importância de observar e denunciar sinais de abuso, sempre visando a proteção dos mais vulneráveis. Casos de violações contra crianças e adolescentes podem ser denunciados através do Disque 100 por meio de ligação gratuita ou pelo WhatsApp (61) 99611-0100.

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