Comparação da Inflação: Brasil e EUA Seguem Direções Opostas, Afirma Economista

Em uma entrevista ao BM&C News, o economista Fabrizio Velloni, da Frente Corretora, comparou os cenários inflacionários do Brasil e dos Estados Unidos, destacando as direções opostas que as duas economias estão tomando. Segundo Velloni, enquanto o Brasil enfrenta desafios específicos que podem levar a um repique inflacionário nos próximos meses, os Estados Unidos seguem uma trajetória de desaceleração sem grandes surpresas inflacionárias.

Desaceleração da Inflação no Brasil e Fatores de Risco

Fabrizio Velloni mencionou que o Brasil experimentou uma desaceleração inflacionária surpreendente recentemente, contrariando expectativas de um aumento devido a problemas regionais, como a crise de alimentos no Rio Grande do Sul. No entanto, ele alertou que fatores como a elevação do dólar, o repasse dos preços dos combustíveis e a tarifa da bandeira amarela de energia elétrica podem influenciar a inflação, especialmente entre julho e agosto.

EUA: Uma Desaceleração Controlada

Nos Estados Unidos, a desaceleração econômica ocorre de forma mais lenta do que o Federal Reserve esperava, mas sem um repique inflacionário significativo. Velloni atribui isso ao conservadorismo do Fed em evitar cortes de juros precipitados, o que ajudou a economia americana a se estabilizar em um ponto desejado há algum tempo.

Impacto dos Cortes de Juros e Diferenças Econômicas

Os cortes de juros nos Estados Unidos são vistos como benéficos para economias emergentes, ajudando a reduzir o diferencial de juros e o risco associado. No entanto, Velloni critica o Banco Central do Brasil por não considerar adequadamente as mudanças na economia americana, o que elevou o risco e a volatilidade do dólar e dos juros no Brasil.

Expectativas para o Futuro

Com um cenário inflacionário complexo, Velloni sugere que o Brasil pode enfrentar uma volatilidade maior nos próximos meses, enquanto os Estados Unidos podem continuar sua trajetória de desaceleração controlada. A comparação entre as duas economias mostra como fatores internos e externos influenciam de maneira distinta a política monetária e as expectativas inflacionárias.

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