Vacina contra herpes-zóster pode reduzir risco de demência, diz estudo

As pessoas imunizadas contra a herpes-zóster, com a vacina Shingrix, têm até 27% menos probabilidade de desenvolver demência, de acordo com pesquisadores da Universidade de Oxford, no Reino Unido. A proteção é maior entre as mulheres.

Em um estudo publicado nessa quinta-feira (25/7), na revista Nature Medicine, os pesquisadores britânicos comparam o efeito protetor da Shingrix – que está disponível no Brasil – com o de imunizantes para doenças na prevenção do declínio cognitivo.

Pesquisas anteriores já sugeriram que a infecção provocada pelo varicella zoster vírus (VZV), causador da herpes-zóster, poderia aumentar o risco de demência. Portanto, ao se vacinar, o paciente se protegeria contra as duas doenças.

“Uma questão fundamental é: como a vacina produz seu benefício aparente na proteção contra a demência? Uma possibilidade é que a infecção pelo varicella zoster vírus possa aumentar o risco de demência e, portanto, ao inibir o vírus, a vacina poderia reduzir esse risco. Alternativamente, a vacina também contém substâncias químicas que podem ter efeitos benéficos separados na saúde do cérebro”, explicou o professor de medicina John Todd, da Universidade de Oxford, em comunicado à imprensa.

Prevenção contra demência

Para fazer o estudo, os pesquisadores de Oxford analisaram as informações de saúde de aproximadamente 200 mil moradores dos EUA, onde a vacina é usada há mais tempo e poderia ser comparada com outros imunizantes para herpes-zóster.

Ao longo de seis anos, as pessoas vacinadas com a Shingrix, da GSK, foram 17% menos propensas a desenvolver demência em comparação com as que tomaram a Zostavax, imunizante da farmacêutica MSD.

Quando comparados com pessoas que tinham acabado de receber vacinas contra outras infecções, como gripe e tétano, aquelas que receberam a Shingrix tiveram um risco de 23% a 27% menor de desenvolver demência.

De acordo com os pesquisadores, a proteção é equivalente a cinco a nove meses a mais de vida sem demência para aqueles que receberam a Shingrix em comparação com outras vacinas.

“O tamanho e a natureza deste estudo tornam essas descobertas convincentes e devem motivar pesquisas futuras. Se validadas em ensaios clínicos, essas descobertas podem ter implicações significativas para adultos mais velhos, serviços de saúde e saúde pública”, afirmou o professor Maxime Taquet, do departamento de psiquiatria de Oxford.

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A doença pode se manifestar a qualquer momento em pessoas que já tiveram catapora ou a própria herpes-zóster alguma vez na vida. O vírus permanece inativo no corpo por muitos anos, podendo ser reativado na forma mais localizada em um nervo

Quando há baixa na imunidade, por exemplo, o vírus pode se replicar novamente provocando o aparecimento dos sintomas. A condição tem mais chance de aparecer também em pessoas com mais de 60 anos, que façam uso prolongado de corticoides, quimioterapia ou que tenham doenças que enfraquecem o sistema imune, como AIDS ou Lúpus
Para pessoas que nunca tiveram catapora ou que não foram vacinadas, a herpes-zóster é contagiosa. Portanto, crianças ou outras pessoas nunca infectadas pelo vírus devem permanecer distantes de pacientes com a doença e não ter contato com objetos pessoais do doente
Entre os principais sintomas da herpes-zóster estão coceira intensa no local afetado, dor, formigamento ou queimação na região, febre baixa, bolhas e vermelhidão que afetam, principalmente, região do tórax, costas ou barriga
O tratamento é feito com medicamentos anti-virais e analgésicos receitados pelo médico para aliviar a dor e cicatrizar mais rápido as feridas. Fortalecer o sistema imune pode ser uma boa estratégia de prevenção
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Popularmente conhecido como cobreiro, o herpes-zóster é uma doença infecciosa causada pelo mesmo vírus da catapora. O diagnóstico normalmente é feito com base na avaliação clínica dos sinais e sintomas do paciente, além da observação das lesões na pele

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A doença pode se manifestar a qualquer momento em pessoas que já tiveram catapora ou a própria herpes-zóster alguma vez na vida. O vírus permanece inativo no corpo por muitos anos, podendo ser reativado na forma mais localizada em um nervo

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Quando há baixa na imunidade, por exemplo, o vírus pode se replicar novamente provocando o aparecimento dos sintomas. A condição tem mais chance de aparecer também em pessoas com mais de 60 anos, que façam uso prolongado de corticoides, quimioterapia ou que tenham doenças que enfraquecem o sistema imune, como AIDS ou Lúpus

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Para pessoas que nunca tiveram catapora ou que não foram vacinadas, a herpes-zóster é contagiosa. Portanto, crianças ou outras pessoas nunca infectadas pelo vírus devem permanecer distantes de pacientes com a doença e não ter contato com objetos pessoais do doente

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Entre os principais sintomas da herpes-zóster estão coceira intensa no local afetado, dor, formigamento ou queimação na região, febre baixa, bolhas e vermelhidão que afetam, principalmente, região do tórax, costas ou barriga

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O tratamento é feito com medicamentos anti-virais e analgésicos receitados pelo médico para aliviar a dor e cicatrizar mais rápido as feridas. Fortalecer o sistema imune pode ser uma boa estratégia de prevenção

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Durante o tratamento também deve-se tomar cuidados como lavar diariamente a região afetada, sem esfregar, e secar bem o local. Utilizar roupa de algodão e confortável, colocar uma compressa fria de camomila sobre a região e não aplicar pomadas ou cremes sem prescrição médica

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Entre as complicações mais comuns do herpes-zóster está a continuação da dor por várias semanas ou meses mesmo após o desaparecimento das bolhas na pele. Entre as menos comuns está a inflamação na córnea e problemas de visão, necessitando acompanhamento de um oftalmologista

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A vacina é a única forma eficiente de evitar a doença e suas complicações. Até então, o imunizante era indicada apenas para pessoas maiores de 60 anos. Contudo, recentemente, a vacina para adultos com mais de 18 anos chegou às clínicas particulares brasileiras

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A imunização é feita com duas doses, e cada uma tem o preço recomendado de R$ 843 – totalizando R$1.686 –, mas o valor pode variar entre as clínicas. A vacina não é ofertada pelo SUS

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 Herpes-zóster

A herpes-zóster é uma infecção provocada pela varicella zoster vírus (VZV), o mesmo vírus da catapora. Estima-se que oito em cada dez pessoas possuem o vírus incubado no organismo até que ele se manifeste em alguma fase da vida, quando a imunidade está em baixa.

A doença causa lesões na pele, dores nos nervos, febre, dor de cabeça, mal-estar e sensação de formigamento ou agulhadas. Alguns pacientes podem ter problemas sérios, como surdez, dor duradoura e até cegueira.

A condição é mais comum em idosos devido à diminuição natural da imunidade com o passar dos anos.

Pesquisas recentes sugerem que à medida que as pessoas envelhecem, o varicela-zoster pode chegar ao cérebro e danificar tecidos sensíveis.

Vacinação contra herpes-zoster

Existem dois imunizantes contra a herpes-zóster disponíveis no Brasil, o Zostavax e o Shingrix. Nenhuma delas é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A segunda é considerada uma versão mais moderna e foi aprovada em agosto de 2021 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ela usa tecnologia recombinante, que usa pedaços do vírus que não são capazes de causar a doença.

A Shingrix pode ser aplicada em qualquer adulto com risco potencial de contrair a doença, como pacientes imunocomprometidos. A imunização se dá após duas doses. A Zostavax é fabricada com vírus atenuado, o que limita a indicação de uso.

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