Só 0,2% dos venezuelanos no Brasil poderá votar para presidente

Apenas 0,2% dos venezuelanos que moram no Brasil poderão votar nas eleições presidenciais da Venezuela, no próximo domingo (28/7). Os dados constam de projeções da imprensa venezuelana com base no Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela, que foram cruzados com outros bandos de dados, como a plataforma R4V, desenvolvida pela Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e pela Agência das Nações Unidas para Migrações (OIM).

O ditador Nicolás Maduro, que citou um “banho de sangue” em caso de derrota e atacou sem provas o sistema eleitoral do Brasil, tenta se manter no cargo em um terceiro mandato. O sucessor de Hugo Chávez tem 25% das intenções de votos, ante 60% do candidato de oposição, Edmundo González Urrutia, segundo uma pesquisa do Instituto Delphos.

Dados do CNE da Venezuela mostram que o país tem 21,4 milhões de venezuelanos aptos a votar nas eleições. Destes, apenas 69.211 fora do país.

A plataforma R4V diz que até 3 de junho havia 7,7 milhões de venezuelanos que buscaram refúgio ou migraram para outros países. A projeção é que, entre refugiados e migrantes, cerca de 5 milhões têm condições de votar. E a maioria é contrária à ditadura de Maduro.

Ainda de acordo com os dados da Acnur e OIM, há 568.058 venezuelanos morando no Brasil como refugiados ou residentes. A imprensa venezuelana estima que apenas 0,19% vão poder participar do pleito.

Apesar de divulgar a quantidade de pessoas que podem votar fora do país, o CNE não diz quantos exatamente em cada país podem fazer isso. A estimativa da imprensa venezuelana é que apenas 1.059 pessoas possam votar.

O número baixo se deve às condições impostas pelo governo venezuelano. Só puderam se registrar para votar aqueles que foram à embaixada, em Brasília, ou ao Consulado Geral, em São Paulo.

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