ANANINDEUA – Homem faz empréstimo de 400 mil em nome da madrasta e acaba preso

Uma ação da Polícia Civil do Pará desvendou uma intrincada rede de fraudes e levou à prisão de Eli Cardoso de Menezes Júnior na última quarta-feira (22). Sob a coordenação da Seccional Urbana da Cidade Nova, vinculada à Superintendência da Região Metropolitana de Belém, a operação “Três Caras” cumpriu mandados de prisão preventiva e busca e apreensão domiciliar contra o acusado, que responde por estelionato qualificado, falsidade ideológica, uso de documento falso e fraude processual.

A investigação foi desencadeada por uma denúncia que expôs o uso de documentos fraudados para contrair um empréstimo de R$ 400 mil em nome da madrasta de Eli. De acordo com a polícia, o suspeito operava um esquema sofisticado que envolvia múltiplas identidades e dados falsificados. Ele utilizava pelo menos três nomes diferentes: Eli Cardoso de Menezes Júnior (natural de Belém), Eli Cardoso Menezes Júnior (natural de Fortaleza, Ceará) e Ely Cardoso Mendes Júnior (natural de Curralinho, no Marajó).

A partir da colaboração de empresas e instituições bancárias, as autoridades identificaram que o contrato fraudulento e a assinatura eletrônica foram realizados pelo próprio celular do suspeito, diretamente de sua residência. Durante a operação, os agentes apreenderam o celular, várias identidades, certidões de nascimento, faturas e outros documentos que evidenciam o esquema.

Além de sustentar fraudes bancárias, Eli também usava suas identidades falsas em processos judiciais, mas sempre declarava o mesmo endereço, uma pista que ajudou os investigadores a conectarem os casos.

A apreensão de materiais durante a operação abriu novas frentes para a investigação. Documentos encontrados podem levar à identificação de outros envolvidos na rede de fraudes e esclarecer o destino dos recursos obtidos ilicitamente.

Eli Cardoso de Menezes Júnior foi transferido para o sistema penitenciário, onde permanecerá à disposição da Justiça enquanto as investigações avançam. A operação “Três Caras” reforça o comprometimento das autoridades paraenses no combate ao uso de tecnologia e falsificação documental em crimes financeiros de alta complexidade.

O caso ressalta os desafios impostos pela evolução das fraudes digitais, que utilizam ferramentas tecnológicas para criar esquemas de difícil detecção. Para as autoridades, o episódio é um alerta sobre a necessidade de vigilância no uso de identidades e dados pessoais, tanto por cidadãos quanto por instituições financeiras.

O desdobramento do caso poderá revelar até onde se estendem as conexões e o impacto financeiro causado pelo esquema.

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