Veja como o divórcio pode afetar os filhos mesmo décadas depois

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), os divórcios estão cada vez mais comuns no Brasil. Em 2022, foram registrados 420 mil divórcios (judiciais e extrajudiciais). Apesar da frequência das separações, as consequências dos términos para os filhos podem persistir, mesmo décadas depois do ocorrido.

Os resultados de uma pesquisa realizada pelo American College of Pediatricians em 2014 indicam que filhos de pais divorciados têm mais probabilidade de sofrer de depressão, desconfiança e baixa autoestima.

Pais segurando o filho pelo braço para representar a briga pela guarda no divórcio
A separação dos pais pode causar danos para as crianças; veja como passar por esse processo sem afetar tanto os pequenos

Em conversa com a coluna Claudia Meireles, a psicóloga Ana Paula dos Santos afirma que a questão é bastante complexa porque cada família lida de maneira distinta com o processo de divórcio.

“Ainda que o divórcio ocorra de forma consensual, ele não deixa de gerar sentimentos de tristeza e angústia nos envolvidos”, avalia Ana Paula dos Santos. “Essas emoções podem resultar em marcas emocionais significativas e no desenvolvimento de comportamentos disfuncionais, como um autoconceito distorcido, baixa autoestima e sensação de desvalorização.”

Segundo a profissional, quando vivenciado durante a infância, o impacto pode ser ainda mais profundo e prejudicar o desenvolvimento da criança. “Pode levar ao surgimento de dificuldades na socialização e no crescimento pessoal na vida adulta, decorrentes de sentimentos de rejeição e abandono”, afirma Ana Paula dos Santos.

Como minimizar os efeitos negativos do divórcio?

Para reduzir os danos da separação, é recomendado buscar orientação profissional.

Ana Paula dos Santos também destaca a importância dos pais conversarem abertamente com as crianças e respeitar cada etapa do desenvolvimento dos filhos para diminuir a sensação de culpa comum durante essa fase.

“Participar ativamente das atividades escolares e manter um suporte consistente na educação infantil e acadêmica também é fundamental”, recomenda a psicóloga. “Outra abordagem útil é a leitura de obras que abordam o tema de maneira acessível e esclarecedora.”

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