Cocaína da Colômbia na rota Pará-Europa

O estado do Pará continua sendo uma das principais rotas do tráfico internacional de drogas, conectando a produção dos cartéis colombianos ao mercado europeu. O caso mais recente, registrado nos últimos dias, reforça a urgência de intensificar a fiscalização nos aeroportos da região. Uma operação da Polícia Federal no aeroporto de Belém resultou na prisão em flagrante de uma cidadã venezuelana, que transportava quase 3,5 quilos de cocaína e 1.350 euros em dinheiro.

A passageira estava sob monitoramento das autoridades, que identificaram indícios suficientes para a necessidade de uma revista pessoal. Durante a abordagem, foram encontradas duas placas de cocaína escondidas em um fundo falso de sua bolsa de mão.

Em seguida, as mochilas despachadas foram removidas da aeronave para inspeção detalhada, revelando mais sete mantas da droga ocultas em compartimentos secretos.

A substância foi submetida a teste preliminar, que confirmou a presença de cocaína. Tanto a droga quanto o dinheiro apreendido foram encaminhados à Superintendência da Polícia Federal no Pará, em Belém. A mulher foi autuada por tráfico internacional de drogas e conduzida ao Sistema Prisional do Estado.

As investigações apontam que a venezuelana embarcou no dia 8 de fevereiro em um voo de Bogotá, na Colômbia, para Letícia, cidade na fronteira do país com o Brasil. No dia seguinte, atravessou a fronteira por terra e embarcou em um voo de Tabatinga (AM) para Manaus (AM). Na segunda-feira (10), deu início à viagem com destino final em Paris, na França, fazendo escalas em Belém e Lisboa, Portugal.

A cocaína apreendida tem origem provável nos cartéis colombianos que operam em cidades como Bogotá, Cali e Medellín, conhecidos por abastecer o tráfico internacional.

O caso evidencia a necessidade de reforçar os mecanismos de fiscalização em portos e aeroportos brasileiros, especialmente no Pará, que segue como ponto estratégico no caminho das organizações criminosas.

A atuação da Polícia Federal tem sido fundamental para coibir esse tipo de crime, mas o desafio de impedir que drogas sigam para outros países ainda demanda investimentos e medidas mais rigorosas de segurança.

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