Tropa da GCM na Câmara de SP equivale à segurança de 50 escolas

São Paulo — A Câmara Municipal de São Paulo conta atualmente com um efetivo de 107 guardas civis metropolitanos que atuam na segurança do prédio. O órgão tem uma inspetoria própria responsável pelo patrulhamento interno, preservação do patrimônio público e pela segurança dos frequentadores.

Os agentes são cedidos ao Legislativo municipal pela prefeitura e os salários costumam ser maiores, em média, em relação aos salários base dos GCMs que atuam nas ruas.

Embora o Palácio Anchieta, que abriga a estrutura da Câmara, tenha 38,5 mil metros quadrados, a quantidade de agentes destoa na comparação com outros prédios públicos. O Tribunal de Contas do Município, por exemplo, tem um efetivo de 42 GCMs.

Já no início do atual ano letivo, a Prefeitura de São Paulo começou um projeto piloto para colocar Guardas Civis Metropolitanos para reforçar a segurança escolar em 20 unidades municipais de Ensino Fundamental. Nesta primeira fase do programa, são dois guardas destacados para cada escola.

As escolas foram escolhidas de acordo com critérios de vulnerabilidade e registros de ocorrências, tendo com base os dados do Gabinete Integrado de Proteção Escolar, órgão que compila dos dados da GCM e do Núcleo de Apoio e Acompanhamento para Aprendizagem (NAAPA).

De acordo com a prefeitura, além do trabalho de segurança e vigilância patrimonial, os agentes contam com “suporte de equipamentos e tecnologia da GCM, ampliando de forma efetiva as políticas públicas de segurança”.

Nunes pediu de volta GCMs

No início do ano, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), chamou de volta 17 Guardas Civis Metropolitanos que atuavam como assessores lotados em gabinetes de vereadores. Os profissionais exerciam atividades administrativas relacionadas aos mandatos dos parlamentares e não em atividades de segurança.

Nunes justificou a medida dizendo que queria os guardas nas ruas e reforçando o policiamento na cidade.

A GCM tem sido empoderada na atual gestão. Em agendas públicas, o prefeito exalta o número de foragidos presos por meio do programa Smart Sampa, rede de câmeras inteligentes de reconhecimento facial da GCM. São cerca de 700 procurados presos desde o ano passado.

Atualmente, a guarda tem um efetivo de 7,5 mil pessoas e o prefeito promete contratar mais 2 mil até o fim do mandato.

Além disso, na última semana, Nunes anunciou que a Guarda Civil passará a se chamar Polícia Metropolitana. A medida ocorre após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir que as GCMs podem atuar com funções de polícia ostensiva e comunitária, além de realizar prisões em flagrante.

Para a mudança do nome, um projeto de lei na Câmara, que altera a Lei Orgânica, deve ser colocado em votação nos próximos dias. O texto de autoria da vereadora Edir Sales (PSD) foi apresentado em 2017, já passou pelas comissões e foi aprovado em 1º turno. Dessa forma, ele não depende da formação das comissões para ser pautado.

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